domingo, 13 de novembro de 2016

Radiografia de um olhar - Jardins Museu de Arte Pampulha


Vídeo de Gilson Moreira Neves

CONJUNTO MODERNO DE BELO HORIZONTE

PAMPULHA, PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE.




Museu de Arte da Pampulha, jardins do Museu de Arte da Pampulha, BH




Manutenção de jardins, Jardins de Burle-Marx, na Pampulha e Museu de Arte da Pampulha, as plantas nos jardins de Roberto Burle-Marx, Vídeos de Gilson M.Neves,




Tratamento paisagístico, plantas esculturais, palmeiras, jardins de Minas Gerais, Jardins de Belo Horizonte, solo ácido nos gramados e nas plantas ornamentais, como entender e projetar em paisagismo. 




O uso de palmeiras nos jardins, Conceitos de paisagismo, composição de jardins, Paisagismo.







O QUE BH TEM PARA MOSTRAR NO MOMENTO

Texto e fotos: Gilson Moreira Neves




Querem ver o que BH tem para lhe mostrar? Então dê um giro pela zona sul, mais precisamente, na Avenida Bandeirantes... O que tem por lá de interessante? Simplesmente respondo que aquela via está tomada hoje pelo grandioso visual que é o espetáculo floral nos tons rosa e lilás, que descortina soberbamente “en passant”, naquela via.

O sucedâneo dos grandes volumes arbóreos de cada árvore naquele local retrata o bonito recado como se ela estivesse competindo com as demais, da mesma família, ao longo da via para ver qual floresce mais. O espetáculo é prolongado e cheio de cadência rítmica notória pela exuberância das fortes cores. O fascínio nos move a vontade de fotografá-las ou filmá-las, porém o impedimento se dá pelo fluxo ininterrupto de veículos.
Meses atrás, presenciamos as floradas dos ipês, passando pelas sibipirunas e agora é a vez delas. É sabido, de antemão, que não é nativa mas que adapta perfeitamente aos climas continental, subtropical e tropical; É de origem asiática, mais precisamente, da China, das duas Coréias e Índia; Sua categoria é simplesmente ornamental e dizem que no oriente muitos utilizam-nas como remédio para diabetes; Elas têm dois portes distintos e são parecidas entre si; São muito resistentes; multiplicam-se facilmente e pode-se encontrar nas cores, branca, rosa e lilás. Podem ser exploradas em passeios estreitos (as menores) e em parques e praças; Produzem sombreamento significativo.
Estamos falando da ÁRVORE-DE-JÚPITER, MINERVA, EXTREMOSA OU ESCUMILHA, que no momento dão o seu recado colorindo a primavera por esta agradável Cidade-Jardim afora.
Levantem a cabeça fixem e confiram...
Árvore: Largestroemia indica
Arvoreta: Largestroemia speciosa
Família: LYTHRACEAE
Foto: escumilha anã
Fonte: Rio Pomba- Zona da Mata
Postado no Facebook em 12/11/2014

TRATAMENTO PAISAGISTICO E A VALORIZAÇÃO DA PAISAGEM.

Texto e foto: Gilson Moreira Neves

Quando uma rua recebe um certo tratamento paisagístico, dentro da técnica, da arte, da botânica e do bom senso, o resultado pode ser um desses. Trata-se de um investimento primaveril garantido em que o paisagista elabora, pensando no futuro, principalmente por lidar com elementos vivos, que são as plantas. E, certeiramente, o resultado, embora, meio lento, agrada em cheio a todos, diante dessas belezas florais, na primavera.

No primeiro plano, encontramos uma arvoreta que alcança 3 a 5m. É o FLAMBOYANT MIRIM (Caesalpinia pulcherrima), apropriado para passeios estreitos, nas cores laranja e amarela.
Floresce de setembro a maio. Apropriada para plantio sob fiação elétrica.

Ao fundo, uma exuberante ESCUMILHA AFRICANA (Largestroemia speciosa)-para passeios maiores que 2m. Sua floração se dá entre outubro a maio. Na perseverança de lograr uma boa copa, sem gerar conflitos com as testadas dos edifícios, foi preciso elaborar uma poda gradual e objetivada. Cada elemento em seu devido lugar.

Desconsiderando a presença do transformador, à esquerda, a composição floral dessas árvores embeleza e personaliza essa rua tão bem planejada, em termos paisagísticos.



Postado no Facebook em 28/10/2015







Sabonete de soldado

Texto e foto: Gilson Moreira  Neves




Hoje quando almoçávamos, vimos através da janela, uma vistosa e embaralhada árvore por entre a fiação elétrica e telefônica, um belo exemplar de uma saboneteira.

Uma bela árvore propalada pelo Brasil inteiro. Muito apropriada e explorada na arborização urbana, em parques e bosques. A propósito, é encontrada fartamente pelas ruas e avenidas de BH. 

Boa para gerar sombreamento através de suas copas permanentes e compactas; Sua presença incita e facilita o procedimento da tão necessária evapotranspiração;produz um microclima agradável, reduzindo consideravelmente o calor refletido pelas fachadas dos edifícios e asfalto. 

Suas folhas são semicaducas, isto é, não caem em sua totalidade.

Nessa época, podem-se avistar os incontáveis cachos de frutos nas cores castanha e de terra queimada, distribuídos ordenadamente em seu extradorso. As sementes são esféricas, pretas, protegidas por uma cápsula tipo acrílico texturado, também esférica; tal cápsula protege a semente e tem tamanho único, comparada à jabuticaba ou araçá. As sementes contêm saponina. Uma substância espumante que se jogadas em água, desinfeta o ambiente. Muitos a utilizam para lavar roupas e passar em frieiras. São venenosas e tóxicas. E não devem ser plantadas rentes a rios, lagos e córregos, porque podem ocasionar morte aos peixes.

Em contrapartida, são indicadas para passeios maior que 1,50m e aléas de parques e praças, oferecendo, conforto, abrigo solar, correção climática e bela conformação paisagística.

Seu nome científico é: Sapindus saponaria L.

“L” significa o nome do botânico Carl Von Linée ( 1707/1778)
Pode-se então averiguar que a saboneteira foi pesquisada entre 237 a 298 anos.
Sua mistura entre árvores caducas como os ipês, minimiza aquele aspecto de carência foliar, ou seja, em épocas em que apenas galharias, que mais lembram paisagens urbanas, durante o inverno europeu.

Postado no Facebook em 24/10/2015

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Politicamente correto X milenar senso comum humano

Foto da Agência Reuters postada no site G1



O segundo debate entre os candidatos à Presidência dos EUA, Hillary Clinton e Donald Trump, tornou claras as diferenças entre o pensamento 'politicamente correto', dominante na grande mídia e que está visivelmente sendo implantado nas escolas, nas igrejas, e em todos os meios culturais a ponto de se tornar quase mundialmente hegemônico, e o antigo senso comum humano, transmitido de geração em geração há milênios, que tem sido alvo de sofisticados ataques disferidos com as armas da Comunicação Social.

O site G1 trouxe um bom resumo dos posicionamentos dos concorrentes, representantes de dois antagônicos pontos de vista em relação às grandes questões que hoje vivemos neste pequenino planeta chamado Terra.

O que tomou grande contorno de relevância foi o fato de, um dia antes dele, a campanha de Hillary ter publicado um vídeo,  feito em  2005, no qual Trump se refere a mulheres em termos pejorativos, numa roda de conversas masculinas.

A repercussão foi imediata e violenta,  os marqueteiros de Hillary, ajudados pelos gigantes das comunicações se apressaram em alardear que Trump não tem disciplina para exercer o cargo de Presidente perante ao que  o vídeo mostra, “ele rebaixou as mulheres”.

A reação de Trump foi previsível para os que ainda raciocinam segundo a lógica: ele passou o domingo entrevistando mulheres que acusam Bill Clinton de as ter estuprado;  e também as fez ocupar os primeiros lugares na platéia que assistia ao debate.

Com tal atitude ele expunha um link que grandes jornalistas faziam questão de não estabelecer: uma coisa é falar, outra, bem diferente, é praticar. Trump falou mal das mulheres, o marido de Hillary, o possível “primeiro cavalheiro”(rsrs…) dos EUA, havia, segundo o depoimento de tais mulheres, chegado às vias de fato  de maneira violenta. Tudo isso, sem nem ao menos mencionar a conhecida estagiária Mônica Lewinsky. Nos termos apresentados por Hillary, quem causaria mais danos ao universo feminino: quem fala ou quem pratica?

 A diferença mais significativa entre os posicionamentos do 'politicamente  correto' e o velho, e bem testado, raciocínio lógico humano vinda do debate, fica na questão feminina, quando se vê importância em determinar qual dos candidatos mostra ser mais danoso para a dignidade da mulher: o truculento Trump que se comporta como rústico espécime da raça humana, ainda que apenas verbalmente,  ou a Sra. Clinton, que aceitou engolir a própria dignidade ao aceitar passivamente as humilhações impostas pelo marido visando ocupar o poderoso cargo, o qual, caso o consiga, certamente dividirá com o próprio agente de sua humilhação?

Giselle Neves Moreira de Aguiar

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Eleições e pesquisas





Os que acompanham as notícias de política sabem que não existem pesquisas confiáveis. Basta lembrar quantas pessoas estavam na Avenida Paulista na manifestação de 15 março de 2015. Enquanto se observava a multidão pela TV, e a Policia Militar dizia ter ali cerca de um milhão de pessoas, o famoso Instituto Datafolha afirmava que haviam apenas 210 mil. Tal fato, entre  muitos, nos leva a duvidar de resultados de pesquisas… 

Na última eleição para prefeito de Sorocaba soube-se que o resultado de uma pesquisa eleitoral só pôde ser publicada no último instante devido a barreiras que só puderam ser transpostas  apelando a altas instâncias do Poder Judiciário. Um tanto estranho, uma vez que os eleitores têm o direito a toda informação dada por pessoas físicas ou jurídicas que possam se estabelecer.

As pesquisas publicadas neste ano também dão margem para leituras preocupantes, entre as quais a de que um grupo de poderosos possa determinar que um candidato  deva ser eleito prefeito. Para alcançar seu objetivo manipula pesquisas, de maneira que produzam resultados  que lhe sejam favoráveis. 

Bem próximo à data do pleito uma pesquisa publicada mostra o escolhido com votos quase o suficiente para para ganhar no primeiro turno, ao mesmo tempo em que no segundo lugar aparece um candidato que incorpora as ideias totalmente antagônicas ao candidato "escolhido".Tal artimanha induziria o eleitor a votar no candidato pretendido para se ver livre daquele cujo partido defende ideias que a maioria das pessoas considera nefastas.

Por ser possível tal consideração, é grandemente necessário que várias pesquisas sejam publicadas, por diversas instituições isentas, para que não paire sobre a cidade a dúvida de que sua população possa estar sendo vítima de um terrível ardil, que seria próprio de quem acredita que o povo seja apenas uma reles massa de manobras.

Caso fosse(seja) verdade, e isso viesse(venha) a  acontecer, o povo estaria elegendo seus verdadeiros inimigos, como devem ser considerados todos os enganadores. E tal fato aconteceria com grande ajuda da "imprensa" que insiste em boicotar outro forte candidato, notoriamente bom de voto, que pode surpreender a todos nas urnas….


Giselle Neves Moreira de Aguiar

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A globalização e o filme Cidade do Silêncio

Trabalho apresentado na Universidade, para a disciplina
"Teorias da Comunicação" em março de 2010 


O que mais importa nos filmes baseados em fatos reais 
é sua irrealidade.” – Inácio Araujo, crítico de cinema da Folha 
de São Paulo.

A professora disse que fizéssemos uma análise do filme exibido 
na  última aula, com pareceres próprios e focando o aspecto 
“globalização”.Coincidentemente, no dia seguinte à seção do filme, vejo 
na “Folha de São Paulo” alguém, de verdadeira valia como 
profissional da área, endossar o meu humilde parecer.  
Desagrada-me figurar como petulante ao expor meu 
pensamento, mas o adjetivo de petulante me é menos 
dolorido do que o de omissa ou dissimulada, portanto devo 
expor honestamente o meu parecer a respeito do filme:
Cidade do silêncio, dirigido por Gregory Nava, em 2007.

A frase de Inácio Araujo: “o que importa nos filmes baseados 
em  fatos reais é sua irrealidade” traduziu exatamente o que
 apreendi assistindo à exibição do filme.Trata-se na verdade 
de um filme que deseja  mostrar que é a globalização, cujo 
termo pode ser abordado por diferentes aspectos semânticos.
            
            Pode ser uma expressão muito bem escolhida ao se referir ao 
            fato dos habitantes do planeta Terra tomarem consciência de que 
            moramos todos num minúsculo planeta situado “no quadrante α 
           (alfa)” do  Universo, cuja unidade acaba de ser contestada por 
            astrofísicos modernos, e sermos, portanto, todos vizinhos.

Esta visão induz o ser humano a se preocupar com a evolução, e a 
observar que neste minúsculo planeta, no qual se pode ir de 
qualquer ponto a outro em horas, existem pessoas nos mais 
variados estágios de evolução, todas ávidas de dar vazão à 
necessidade natural de evoluir. Cada uma e cada povo no seu
 ritmo. Essa ideia considera  que  povos de diferentes culturas são 
mais ou menos evoluídos em quesitos diferentes, o que impede
 de algum querer se prevalecer sobre outro. Ao longo da 
história temos relatos de guerras homéricas, entre elas a 
segunda guerra mundial na qual a teoria da supremacia do 
povo ariano pretendida por Hitler foi totalmente demolida. 

O atual estágio da ciência impede qualquer base de comparação 
entre etnias. Em todas elas existem seres humanos das mais 
variadas características. Nossos ancestrais, de todas as etnias, eram movidos 
pelo desejo de comerciar, descobrir novas terras, novos produtos; 
vender os produtos que produziam para quem não os tinham e 
comprar “tesouros” produzidos por povos diferentes. Por tal 
objetivo se arriscavam no mar em viagens heroicas, porque sua 
grandeza era somente em coragem ignorância, uma vez 
que a segurança e os conhecimentos de que dispunham eram 
praticamente nulos. Assim acontecia a evolução do humanoide 
repleto do instinto animalesco que impele ao domínio do espaço
 e de toda situação.

O comércio é o pai da civilização. Diante de um povo desconhecido, 
possuidor de coisas cobiçadas, o mercador se retrai numa 
posição de respeito e consideração pelo outro, motivada pela 
ganância. Imagino que tenha sido assim o início da diplomacia 
internacional. Por isso o tempo de hoje seria o paraíso dos mercadores que 
deram origem ao mundo que agora temos, no qual se pode 
comerciar (descobrir coisas novas, crescer em conhecimentos, 
expandir a vida) sem precisar sair de casa. Graças à 
tecnologia e a indústria que evoluem  a cada hora, porque 
existe um numero cada vez maior de desejosos dos 
aparelhos que conectam as pessoas entre si e faz o mundo 
parecer pequeno.

A indústria, o comércio, o livre mercado internacional e 
os meios de comunicação jamais poderão ser maléficos à 
raça humana. Muitíssimo pelo contrário, eles são os 
veículos de intercambio que quanto mais usados forem, 
mais semelhantes tornam seus usuários.
Considerar as mazelas do mundo um efeito da existência 
do livre comércio, da evolução tecnológica, e dos meios 
de comunicação seria uma atitude similar a de culpar 
à medicina pelos erros dos médicos.

Outra maneira de considerar o termo globalização é a 
adota pelos que se consideram sociólogos, mas estudam 
a sociedade somente pelo prisma do marxismo emoldurado 
pelas ideias da Escola de Frankfurt.Esses sim, demonstram 
pretender globalizar a maneira de ver e pensar o mundo segundo 
a sua ótica, que, considerando o que me tem sido apresentado até 
agora, consiste única e exclusivamente em denegrir 
a imagem dos que produzem riquezas; tanto a dos 
patrões, que qualificam como cruéis exploradores 
do trabalho alheio, como a dos empregados que consideram 
coitados, idiotas, imbecis que se submetem a trabalhar para 
outra pessoa.

Segundo as ideias que propagam apenas eles, os sociólogos, 
antropólogos e similares detêm o saber do que seja bom 
para os seres humanos. São grandes produtores de cizânia, 
entre povos, patrões, empregados. Agem de tal maneira 
que, onde florescem, nenhuma alegria se manifesta.
 Para eles o trabalho humano - considerado por muitos 
como o grande instrumento para a evolução da espécie 
em todos os aspectos - é visto apenas como um castigo 
imposto.  Executam um tipo diferente de trabalho, 
uma engenharia mental desenvolvida por Antônio Gramsci 
para fazer dos meios culturais fábricas de militantes políticos, 
escravos mentais de sua ideologia.

 Devido ao baixo conceito que fazem das pessoas, usam de 
artifícios como este filme, Cidade do Silêncio, para induzi-las
 a culpar o livre comércio por todos os horrores do mundo, tais 
como o estupro e morte de mulheres no México.
Ainda que a arte possa usar de licença poética, podem ser 
respondidas como “forçação de barra” as seguintes perguntas 
feitas a partir da premissa apresentada no filme:

A polícia dizia que 375 mulheres foram estupradas e mortas, 
mas que na realidade foram cerca de 5000, e que os estupradores 
e assassinos eram um figurão e um motorista de ônibus.
         
            - Seriam esses dois criminosos superdotados,  capazes de matar 
             5000 mulheres de tal maneira?
           - O depósito de cadáveres percorrido pela heroína do filme não 
           causaria um cheiro insuportável que logo fosse descoberto?
           - Se as fábricas não existissem os criminosos não atuariam?
           - Seria o livre comércio e os acordos comerciais entre povos responsáveis 
              pelos estupros e assassinatos, como está na mensagem subliminar
             transmitida pelo filme?
         - As pessoas são todas boas, o que representa o mal é o “trabalho escravo” 
            a que são submetidas?
         - Não seria a mesma leitura que os indígenas faziam do demônio, a que 
            o diretor do filme faz dos ianques?
         - Ou, o demônio, ridicularizado no filme, teria transferido seus poderes 
             e sentimentos aos capitalistas exploradores?
         - Como devem ser catalogados filmes ou atitudes em que se 
            foca um acontecimento, visando na verdade chamar a atenção 
            para outro assunto e  induzir as pessoas  ao erro de  tirar
            conclusões baseadas em falácias?
            
           Continuando nesse raciocínio, como nos colocaríamos diante dos
            seguintes termos:
        - usar este tipo de subterfúgio: mensagem subliminar;
           oferecer aos jovens somente uma visão de mundo, como se 
           fosse a única, fazer das aulas uma catequese ideológica, não seria  
           considerado violência?
-Não seria transformar as Universidades em fábricas de produção 
em massa de escravos mentais a serviço da ideologia, produzindo
 profissionais subalternos às ideias da figura ícone de plantão?

   giselle neves moreira de aguiar

A liberdade de expressão no nosso dia a dia


                                                                  

           
            A liberdade de expressão tem sido para mim objeto de alto custo. Como estudante do 6º período de jornalismo mesmo estando às portas da terceira idade, observo algo que deve acontecer nas universidades do mundo globalizado: uma certa corrente de pensamento as invadiu e aplica os ensinamentos de Gramsci sobre hegemonia aos incautos alunos. Faz isso usando as formas de manipulação que ensinam a eles, atribuindo-as, com veemência e constância, aos demonizados “industriais da cultura” e ao que considera o próprio demônio, o capitalismo, a responsabilidade por todas as mazelas do mundo, eis seu dogma precioso e sagrado.
             
Os estudos das Teorias da Comunicação dizem que este movimento começou na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, a partir de 1964; Angela Prysthon, no seu trabalho: Histórias da teoria: os estudos culturais e as teorias pós-coloniais na América Latina, diz que: "os Estudos Culturais se estabeleceram como um terreno por excelência, tanto para o estudo como para o próprio desenrolar das transformações", noutras palavras, os próprios professores seriam militantes a serviço da ideologia política.
           
  Esta constatação foi motivo de decepção, espanto e revolta para quem passou vida lendo, principalmente jornais, e pretendia, depois da aposentadoria, realizar um mergulho intelectual no mundo da comunicação, da cultura e da arte. Porém, nas primeiras aulas desta mesma disciplina, vi que nada veríamos sobre comunicação, cultura e arte, a não ser críticas, críticas e mais críticas às empresas de comunicação e aos países profícuos nas artes de entretenimento. Os filmes de Hollywood eram apresentados não como objetos de análise do talento dos artistas, da engenhosidade dos recursos e da visão dos empreendedores, mas sempre como instrumentos de manipuladores ferozes nas mãos dos quais os pobres futuros jornalistas haveriam de sofrer horrivelmente por tê-los como patrões. Nenhuma outra visão de mundo era apresentada.
           
  Vi-me impelida, em tão esdrúxula situação, a usar minha liberdade de expressão, como aluna e cidadã, para com muita contundência, defender minha inteligência e a de meus colegas de verdadeiras agressões, uma vez que, professores abusando do direito à liberdade de cátedra, estavam, no meu entendimento de pessoa vivida, doutrinando os alunos nas suas crenças ideológicas.
           
  A princípio os colegas se assustavam com aquela senhora, fora de seu habitat natural, que discutia com o professor que evocava a cada instante o seu título de doutor. Com o tempo se acostumaram e diante de uma afirmação mais incisiva dos mestres olham para mim espreitando novo bafafá. Hoje acontecem raras interpelações, os professores estão mais contidos.
          
  A vivencia de tal situação foi agravada por outra dificuldade de comunicação: ao comentar o que  acontecia dentro das salas de aula com as pessoas da minha idade, a maioria delas me olhava com descrença, considerava  impossível que tal fato viesse a  acontecer. A geração das pessoas acima de 55 anos não pode conceber que se doutrine estudantes, em qualquer área do pensamento, dentro da universidade, onde se espera que aconteça apenas a grandíssima pluralidade de ideias e a explosão benéfica que acontece,  pela ação do contato entre a criatividade e o conhecimento científico, de projetos que propiciem o progresso.
            
Acredito que a liberdade de expressão seja algo tão precioso, que valha grandes sacrifícios. No meu caso, a idade e o conhecimento que ela traz me obrigam a fazer o possível para que meus colegas, assim como todos os estudantes universitários, tenham acesso às mais variadas correntes de pensamento.
          
  Dentro dos meus limites, mas aderindo à audácia dos militantes ideológicos, procuro fazer uso da minha liberdade de expressão, assegurada pela nossa Constituição Federal em seu artigo 5º, IX,para pelo menos dificultar que a universidade seja para os jovens o que diz, sobre a mídia, José Arbex na apresentação do livro: "Padrões de manipulação na grande imprensa", de Perseu Abramo, cuja leitura é obrigatória no meu curso de jornalismo: "...Constrói consensos, educa percepções, produz "realidades" parciais apresentadas como a totalidade do mundo, mente distorce os fatos, falsifica, mistifica – atua, enfim, como um "partido" que, proclamando-se  porta-voz  dos "interesses gerais" da sociedade civil, defende os interesses específicos de seus proprietários privados.'' No caso da universidade seriam  os interesses dos que dela se apropriaram violentando inteligências vulneráveis.
 
Giselle Neves Moreira de Aguiar

Texto escrito em fevereiro de 2013

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Impeachment 2016

O senador Magno Malta talvez seja o senador que representa o maior número de brasileiros. Nas  suas considerações sobre impeachment, compara o que acontece hoje no País com a sabedoria da Bíblia, o único "saber popular" (termo muito usado usado na Academia) que sofre bullying dos que aliciam nossos os jovens nas escolas para formatá-los nesta doutrina que hoje vigora na nossa cultura.: a que os deixa com os corações amargos e secos. Os pais de família, que ainda preservam sua identidade, se sentiram fortemente representados  pelo senador.


Importa observar que, como disse, seu voto será em nome da sua família, seu povo, seu Estado; assim como o fizeram todos os deputados que votaram com a alma e o coração: com sentido de identidade e pertinência a um povo,  ao Nosso País. Comportamento que foi tão criticado pelos que já padecem da doença do coração duro, a mesma que tem sido inoculada nas escolas e nos meios de comunicação. As dores e sofrimentos que humanidade hoje padece nos vêm dessa mentalidade que prega o comunismo enquanto vive o mais selvagem egoísmo. Que verdadeira democracia, regida pelo respeito, possa vigorar no nosso País. Veja o vídeo:



Mais sobre o assunto: parlamento e democracia:

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A vida é definida por escolhas



A vida é definida por escolhas

Viver honestamente. 
Dar a cada um o que é seu. 
Não lesar ninguém.
- Bases do Direito romano -

“ Uma vez na mutreta, você estará sempre no rolo”- Al Capone -
ou
Uma vez que entrou no lado sombrio da força, você nunca mais volta.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Direito dos pais sobre a educação dos filhos.


Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de 
instrução que será ministrada a seus filhos. 

Artigo 26, § 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos  

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Terrorismo à Maquiavel



Com base nas observações de comentaristas sobre assuntos internacionais, como o de  Lourival Santana, hoje, 15/07/2016, na rádio CBN, consideramos fatos que  podem determinar o sentido da caminhada tanto da humanidade, como de um povo em particular, especialmente o nosso, o brasileiro.

Santana observa que a data da comemoração da Queda da Bastilha é  especialmente  simbólica  negativamente para os radicais islâmicos. Eles  consideram que foi a partir dela que os movimentos político, intelectual e cultural deram origem à democracia ocidental, a responsável por  profundos danos culturais, especialmente nas colônias francesas, coibindo a religião e os costumes muçulmanos seguidos e cultivados pela imensa maioria da população.

 Como consequência de tal atitude, a França hoje tem um número muito alto de cidadãos oriundos das colônias árabes que se sentem marginalizados tanto na genuína cultura francesa como na de seu povo de origem. Pessoas assim sofrem grandemente, e se sentem atraídas pelo Califado do Estado Islâmico, como um lugar simbólico, uma pátria hipotética  pela qual  dão suas vidas. Observamos nós que esses jovens são vítimas de um engodo de pessoas que aliando um arremedo da fé do seu povo com as armas do terrorismo cultural moderno as induzem a praticar atos cada vez mais violentos,

A dor gerando dor leva a matutar. 
Que democracia é essa que não respeita a vontade da maioria? Como pode meia dúzia de intelectuais definir o que seja bom para o povo pensar e viver? Ora, almofadinhas franceses desde há muito tempo têm imposto seu modus vivendi a inúmeras pessoas onde tem chegado sua influência, seguida fielmente pelos mais vaidosos. Tal ideia, aliada às ações rompantosas dos norte-americanos para impor o “direito democrático” em diversos lugares, pode ter dado origem à sucursal do inferno que hoje vivemos em todo o planeta, com ações de terrorismo  acontecendo de maneiras inimagináveis, em lugares impensados.

“As bondades” impostas pelos novos déspotas culturais, simulando serem esclarecidos e com o apoio da burguesia, têm semeado dor por onde passam.   Seus autores querem que as pessoas tenham aquilo que eles próprios consideram bom. Veem as pessoas comuns como seres de segunda classe, ignorantes e presas fáceis de imbecís, como enxergam os líderes religiosos a partir da grande miopia que os impede a visão mais ampla do mundo e da vida no plano espiritual. Só neste plano acontece a verdadeira bondade, a misericórdia, a compaixão, a identidade comum entre seres humanos filhos de Deus, seja Ele chamado de Jesus Cristo, Alá ou Javé.

Intelectuais e os soldados da ideologia ateia  parecem ter sofrido a amputação do órgão natural humano que propicia a religiosidade, e pretendem que toda a humanidade os siga nesta aberração. Essa é a pior violência que hoje padece a humanidade. Com medo de cairem no fundamentalismo religioso, proíbem a religião por meio da intimidação cultural, sem perceber que a maldade que praticam é muito maior do que causaram todas as guerras acontecidas antes daquela em que as armas de Joseph Goebbels, as da comunicação, foram usadas. De lá para cá, elas são cada vez mais sofisticadas e suas consequências podem fazer a espécie humana involuir  cada vez  mais.

Como se não bastasse tanta tristeza pela notícia vinda da França, o jornal “O Estado de São Paulo” traz, na mesma edição de hoje, 15/07/2016, logo abaixo da manchete e da foto sobre a consequência do fato que aqui ponderamos, outra, que mostra, agora para para nós brasileiros, o caminhar no mesmo sentido: 

“‘Quero desidratar o centrão’, diz Temer”. 
Ora, o centrão está para o nosso país assim como a religião muçulmana está para os países árabes e o judaísmo está para o Estado de Israel; ele é formado na sua maioria por deputados ligados à religião cristã que, segundo o IBGE, compõe mais de 90% da população brasileira. É ele que tem impedido que a tirania da minoria ateia imponha seus valores, pelo menos os considerados esdrúxulos pela maioria, sobre o nosso povo. São esses deputados os que realmente representam a população, são os seus iguais.  Os que lutam pelo respeito e pela liberdade do cultivo das verdadeiras religiões, aquelas através das quais nossos ancestrais nos transmitiram o que há de mais sublime na existência humana.

Caso sua força seja 'desidratada', prevalecerão os outros deputados, os que parecem se comportar ainda como componentes da Corte, que vivem de exercícios mentais, e jamais participam dos trabalhos cada vez mais árduos daqueles  cujos interesses fingem defender, cobrando honorários cada vez mais altos. São os verdadeiros  tiranos, os bárbaros do nosso tempo. 

O povo brasileiro tem se mostrado muito à frente de seus dirigentes. Graças a Deus! Tal evidência   tem sido mostrada nas manifestações políticas populares. Aos poucos, e ordeiramente, como convém à nossa milenar civilização cristã, logo teremos aqui, a versão de uma necessária  “Queda da Bastilha”, feita à moda tupiniquim, pela simples deflação de ideias vigentes muito mais perigosas que as de Maquiavel.  Assim haverá espaço para a lógica e para a ordem natural das coisas, prevalecerá a estabilidade e o equilíbrio necessários para que destino da Pátria seja conduzido com discernimento  e firmeza ao ideal simples e natural que todo ser humano traz no seu DNA.

Giselle Neves Moreira de Aguiar

Sobre o mesmo tema:





quinta-feira, 23 de junho de 2016

Acordo Colômbia-Farcs




 A notícia do acordo de paz entre o governo da Colômbia e as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) desperta grande apreensão. Apesar de que, vendo o fato superficialmente, tem-se até  a  impressão de que seja uma boa notícia. E seria, caso as Farcs  fosse uma organização legítima,  digna de “negociar” um acordo de paz com  representantes de um Estado,  de um povo digno, que trabalha e cumpre suas leis.

Para quem relaciona a notícia com inúmeras outras sobre o mesmo assunto ao longo dos últimos 50 tantos anos, ela soa como se ouvisse dizer que o governo brasileiro estivesse negociando a paz com os  chefes de facções criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital) ou o CV (Comando Vermelho). Que estivesse tratando com perigosos bandidos como se fossem pessoas do bem, confiáveis.

Como esquecer as atrocidades praticadas pelas Farc durante tanto tempo?

Como  desconsiderar o fato de que essa organização criminosa se mantém invadindo propriedades rurais e pequenos povoados  aliciando crianças  para se tornarem guerrilheiros, sequestradores, torturadores, produtores e traficantes de drogas? A mesma droga que produz e sustenta tanta dor e sofrimento em pessoas do mundo inteiro, desintegrando pessoas, famílias, comunidades e povos?  Quem não se lembra da candidata à Presidência da Colômbia que ficou  sequestrada na selva, sofrendo privações, humilhações e torturas,  durante mais de seis anos, a Ingrid Betancourt? Como ignorar o fato de que seu martírio, revelado na imprensa mundial, mostrou as condições violentamente degradantes a que são submetidas inúmeras outras pessoas por bandidos que se consideram heróis?

Chama atenção o acordo ser assinado em Havana, lugar onde, nos mesmos últimos 50 anos, a liberdade foi alvo de hediondos crimes em tantas prisões e paredões. Preocupa muito que tenha como  apoiadores, presentes no evento,  os chefes de governo de Cuba, da Venezuela, do Chile e da Noruega. Mas o mais grave  é  o prestígio dado pela presença do secretário-geral da ONU na "cerimônia". 

Que absurdo!  Tal notícia parece o roteiro  de um  filme surreal em que nazistas fazem acordo com com judeus prometendo que não mais farão atrocidades, e que assim sendo, reivindicam poder atuar na vida de Israel como  partido politico, disputando democraticamente  o interesse  dos judeus para sua ideologia “judaicofóbica”. Ou então, que o Estado Islâmico, depois de promessas similares feitas, peça para ser reconhecido como partido político ou religião na França,  prometendo que não farão massacres, apenas manterão os castigos previstos na sua lei para os infiéis…

Aceitar as Farcs como organização legítima seria a mesma coisa. Como fica a memória do sem número de vítimas? E a dor de suas famílias? E a dignidade do povo ultrajada por violência de tal tamanho? Onde está a JUSTIÇA? 

Estamos assistindo a um clássico exemplo de crime sendo compensado. No entanto, tal ideia tem o aval da ONU. Isso quer dizer que daqui há alguns anos haverá flexibilização também para neonazistas e militantes do EI? Podemos confiar nas orientações da ONU e nos padrões de direitos humanos que pretende implantar no planeta?

                                                                                                      Giselle Neves Moreira de Aguiar


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