terça-feira, 28 de abril de 2015

Rede Globo e Band..

Sobre a repercussão da data e o novo cenário do Jornal Nacional, da Rede Globo, quando esta comemora os seus 50 anos. Em 27/04/2015.

  Por Gilson M. Neves

Entre as notícias sobre o terremoto no Nepal e outras, a Rede Bandeirantes de Televisão, divulgou, hoje, com elegância e surpresa, uma reportagem sobre os 50 Anos da Globo.... Coisa rara de acontecer.... claro que é surpresa...

Essa curiosa manifestação de respeito e consideração faz enaltecer e criar, no telespectador, uma sensação de crescimento e simpatia maior por essa emissora manifestante... Muito bonito, sem dúvida.... Momentos raros como esse serem divulgados descompromissados entre as concorrentes nem sempre acontece.

Dito isso, logo depois, entra no ar, o Jornal Nacional.... Foi surpreendente aquele momento....uma nova maneira de apresentação.

Sabe-se que a Rede Globo tem muitos desafetos, mas hoje foi diferente. Foi sim...

O que se viu foi o discorrer das notícias em um novo ambiente surreal, com painéis panorâmicos, pelos quais os apresentadores conversavam com os repórteres, esses, a quilômetros de distância, como se estivessem ali bem perto, manifestando-se de forma coloquial e inteligível. Tudo isso, graças as inserções de novas focalizações, ângulos e planos como por exemplo, o interessante plano médio de conjunto, muitíssimo oportuno, onde se permite ver pessoas por inteiro e poder assimilar claramente os ambientes de fundo onde se encontram; O que se pode dizer é que a direção de fotografia e edição merecem aplausos.

Diante de telas nas laterais e interagindo de forma mais coloquial com repórteres a quilômetros de distância, a perfeita sincronização induzia uma sensação de que eles estivessem ali mesmo presencialmente.
Graças a novos e inteligentes planos, foram adotados, os planos médios de conjunto, que dão ótimos resultados em termos da abrangência, que facilitam explorar melhor os ambientes em destaque.

Por fim, percebemos que todas as emissoras, cada qual investe sempre na melhor maneira e qualidade possível, no afã de oferecer aos telespectador maiores informações e entretenimento, tudo em prol de uma audiência gratificante e melhor ibope. E quem ganha?... Claro!,,,somos nós...


Casuarina

Por Gilson M. Neves, texto e foto.


No meio do caminho não tinha uma pedra...

Insisto. Não tinha uma pedra...

No meio do caminho tinha sim,  ela que não dá trabalho.

No meio do caminho tinha, sim, uma excêntrica,

Uma exótica,

Uma dominadora,

Uma resistente às intempéries,

Uma que faz barreiras,

Uma explorada nas praias do mundo,

Uma original com folhas especiais,

Uma casual...

Uma casuarina ao vento...

AS ESCALADAS DO GRAFITISMO NA PAISAGEM URBANA

Por Gilson M. Neves texto e fotos








A cada momento podemos constatar, nos grandes centros, o grande aumento de poluição visual. São os edifícios e casas com fachadas em estado merecedor de reparos; coberturas de zinco e amianto destoando das fachadas deixando feios vazios entre  laje de cobertura e terraço;  praças abandonadas,  bancos quebrados  etc. mas se observarmos bem, a pichação de muros e fachadas vieram  para deteriorar cidades inteiras.

 Pelas análises encontramos existir três níveis de pichação: a marginal, a amadora e a prazerosa.

A marginal é manifestada por pessoas geralmente de pouca instrução para elaborar rabiscos dentro de um contexto lógico e estético; são pessoas  cujo tempo é dedicado a fazer malabarismos perigosos necessários para deixarem seus registros nas alturas como se fossem homens-aranha. São mensagens codificadas e de entendimentos específicos por entre eles. São também de cunho repetitivo, sem graça e de difícil remoção devido às alturas onde são rabiscadas e nas texturas corrugosas de difícil limpeza. Geralmente, esses grafiteiros são destemidos e vaidosos, dentro de seu limite cultural.

A amadora  é elaborada por artistas que dão tudo de si para dar vida e beleza aos muros da cidade e que, por trabalharem em planos de grande escala se perdem e pecam, ás vezes, nas proporções gráficas. Seus trabalhos são dotados de uma  certa lógica, porém, elaborados por traços inseguros que podem comprometer a obra.

A prazerosa, é elaborada por artistas  expressivos, profundo conhecedores de técnicas como proporções dos desenhos; dos temas explorados; das cores; do equilíbrio estético, valorizando e humanizando ruas e avenidas.

Medidas protetoras para sanar esses problemas:

Para se livrar do grafitismo poluente é necessário que os dirigentes municipais se empenhem em  ministrar medidas  educativas e técnicas e orientá-los através de aulas específicas para o aprimoramento de seus impulsos. É preciso criar uma política mais enérgica para  impedir que nossas cidades se tornem mais feias, fruto de vândalos.

domingo, 26 de abril de 2015

As Gazânias

Por Gilson M. Neves, texto e fotos

AS GAZÂNIAS  Gazania rigens (L) Gaertn.





 Bons tempos em que essas flores eram amplamente presentes nos jardins, praças e parques. Hoje, por força da falta de tempo, de paciência e  de amor às plantas, essas espetaculares e vistosas forrageiras tendem a desaparecer do mapa. Sua escassez já é notória.

 Originária da África do Sul e pertencente à família das Compostas (Asteráceas), elas não exigem tratos especiais; toleram bem o sol matinal; não se desenvolve em  solo encharcado; possui cores fortes: brancas, laranjas, amarelas e róseas: de fácil multiplicação por mudas tiradas da planta-mãe; sua presença nos jardins  é valorizada nas bordaduras, quando se tem um belo traçado. 

O que essas flores necessitam é apenas de solo bem adubado; sua altura não ultrapassa dos 15cm; suas folhas longarinas arqueadas se apresentam verde musgo na frente e prateada no verso.

Seu nome é popular é GAZÂNIA.
Nome científico: Gazania rigens (L) Gaertn.

É importante  alertar e sugerir as pessoas que têm alguma vocação, disponibilidade ou lida com o verde paisagístico para que multipliquem essa variedade, na tentativa de perpetuar a espécie. “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Vamos preservar o verde...

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Perigo do uso do branco na paisagem rural




Quando se escolhe o branco para compor uma paisagem bem vergel  é necessário pensar antecipadamente se sua presença  não irá ofuscar  e agredir o conjunto, pelo abuso dessa cor.

Em situação contrária como nesse portal  de acesso a uma fazenda  ( foto), a cerca branca tem sua extensão  discreta e bem dosada, compondo-se com espécies esculturais  bem escolhidas, no caso, as palmeiras, que  permitem, pelo seu majestoso realce,  criar uma  atmosfera referencial simples e de bom  gosto.

O que mais encontramos por aí nas áreas rurais  são as compridas e cansativas  cercas  brancas  de divisas, embora bem feitas e, ao mesmo tempo,  gritantes, a dilacerarem gratuitamente o verde paisagístico, além de estarem sempre e totalmente desprovidas  de plantas  amenizadoras  que quebrem a agressão marcante causada pelo destaque  do branco. 

Antes de escolher a cor, se se quiser dar mais vida, o branco é uma das soluções certeiras, porém,  sua dosagem deve ser previamente pensade e medida.  Se por exemplo, pintarmos de branco uma grade de residência, ela se destacará  e realçará o espírito nefasto de mera  grade e ofuscará o que se vê por entre os seu varões.  Se usarmos cores escuras, essa grade perderá seu destaque e   permitirá portanto uma visão mais  nítida do que se vê através da mesma, obviamente  os jardins.

13/01/15

Jardim geminado


Os elementos cênicos na foto:
 Fico variegado -  Ficus  retusa bicolor. (podas em forma de cone)
Ixora - Ixora coccinea – cerca viva sob o fico

PAISAGISMO

Uma solução simples.

Dois vizinhos muito próximos resolveram montar  seus jardins,  com foco  e propósito de buscar melhor composição possível,  sem gastar muito  e que o resultado  viesse surpreender e  transmitir uma ideia de amplidão e valorização estética.

Que atingisse  também uma certa  harmonia, inovação e proporcionalidade  por entre  os espaços  frontais das casas.

A união faz a força, como dizem por aí. Pura verdade. E isso se aplica nesse caso, como  confere na foto. O efeito cênico bem programado,  valorizou a organicidade, deu   ideia de somatório no conjunto  principalmente  sendo duas áreas  privativas, distintas e, ao mesmo tempo, conjugadas.  

Aproveitando o muro de divisa que é baixo, esses vizinhos exploraram, então, os ficos ( Ficus benjamina variegata), colocando-os tangentes à essa divisa. 

Optaram, afinal, por podar tais ficos, dando-os a forma geométrica de um cone. Tiveram sorte por misturar ARTE TOPIARIA com ARTE ORGÃNICA  sem incitar clima visual jocoso. Daí o resultado: o  aumento plástico e aconchegante do conjunto.

A escultura mor fica por conta desses dois ficos podados e compactos, em forma de cones idênticos.

Um dos vizinhos optou-se pela adequação de uma cerca viva baixa, plantando uma fileira densa de  Ixora  (Ixora coccinea);

Foi uma escolha de plantio acertada em termos de manutenção. Essa planta pertence à família do café, portanto,  uma rubiácea, ambas muito resistentes.

O portão do outro vizinho, da direita, interrompe a continuidade dessa cerca viva ao se apresentar um gradeamento pensado e fora do convencional, ou seja, longe dos tão comuns e cansativos varões rígidos.

Em contraponto, a textura da dracena  marginata ao fundo e à direita, em contraste com a fachada da casa, embeleza, “ solta” e elimina aquele efeito de visual chapado e bidimensional, muito comum nos jardins.

 Nota-se que tal dracena “empurra” o fícus para frente e faz “recuar” a parede  da casa.

Dedicar e entender formas, cores, texturas, volumes e iluminação, são uma premissa básica para quem quer lidar no trato das paisagens.