sábado, 23 de março de 2019

Uma questão de Educação




Durante a campanha presidencial, ficou claro para o eleitorado que os pontos principais do  governo Bolsonaro  teriam três vertentes. A primeira seria o saneamento do problema da corrupção, sempre no sentido da valorização e empenho da Operação Lava Jato, a segunda na abertura da economia, que se encontrava aprisionada nas mãos do governo e nas de meia dúzia de megaempresários cada vez ricos e poderosos, enquanto os pequenos empreendedores faziam concursos para se tornarem funcionários públicos.

Uma espécie de “casamento” onde se supõe o respeito mútuo, aconteceria entre o Presidente e Paulo Guedes, que seria o gestor responsável por distribuir a capacidade de trabalho e realização pessoal  entre  todos os brasileiros vocacionados ao empreendimento, produzindo progresso e qualidade de vida em progressão geométrica, com o objetivo de atingir a todos.

Mas a vertente que mais deu votos a Bolsonaro, foi a relacionada à Educação e à Cultura. Pais e avós  não suportavam mais a dor de ver a degeneração dos seus valores mais preciosos nos corações e mentes de seus filhos, devido à violenta engenharia de manipulação a que os jovens, e até as crianças, eram submetidas nas escolas, sob orientação do Ministério da Educação. 

Sem falar nos produtos de entretenimento e do próprio jornalismo, disseminados nos veículos de comunicação, direcionados à desconstrução dos valores da família; os mesmos que trouxeram a civilidade e progresso até o início dessa política de desconstrução patrocinada pelo Estado e propagada pela mídia mainstream.  Até igrejas se mostravam, ainda  que disfarçadamente, em adesão à polícia de combate à família, como  é naturalmente concebida há milênios.

Assim que tomou posse, Bolsonaro  passou a cumprir suas promessas. Paulo Guedes assumiu o poderoso e amplo Ministério da Economia, sem que ninguém interferisse nas suas escolhas. Tem sido totalmente respeitado.

Para resolver o problema da corrupção generalizada, o presidente contemplou o povo com um também amplo Ministério da Segurança e da Justiça, confiado à figura claramente ilibada do juiz Sérgio Moro.

As pastas da Família, e especialmente a da Educação o Presidente confiou-as à pessoas de grande capacidade e  totalmente sensíveis, que detectavam os problemas que mais faziam sofrer o nosso povo: o do sequestro dos filhos pelo Estado que pretendia definir o tipo de formação moral a que eram submetidas as crianças, adolescentes e jovens. O enorme problema da lobotomização intelectual  que transformava nossos jovens, cada vez mais cedo, em algo muito aquém da capacidade de raciocínio e de transcendência, a característica principal da nossa espécie. 

A Ministra Damaris e o Ministro Vález foram encarregados das pastas mais importantes para a população que votou em Bolsonaro, justamente para defender seus valores invisíveis, cada vez mais vilipendiados pelos que assumiam destaque, na política, no entretenimento, e nas notícias, em toda a vida cultural. Esse era o problema que mais afligia  a população

Os cristãos, que segundo o último censo do IBGE compreendem 86,8% da população, votaram em Bolsonaro para reaver o seu espaço, seu domínio sobre suas casas e suas famílias sem a interferência do Estado Patrão e Babá, que cada vez mais lhes roubava a intimidade, os valores, os amores; querendo obrigá-los a amar o que fossem induzidos, pela escola e pela  mídia, sob o comando de poderosos que nem sabemos quem sejam.

Enquanto a família natural brasileira não se estabelecer como senhora da educação de seus filhos, haverá instabilidade na vida social, porque estaremos submetidos à uma violência desmedida, dirigida à nossa essência, à nossa natureza humana.  

A Educação e a pasta da defesa da família  precisam agir no sentido de recuperar o que natureza humana tem perdido ao longo das últimas décadas com as políticas anti-humanas, antinaturais, disfarçadas de liberdade, servidas a pessoas incapazes de discernir, como crianças, adolescentes e jovens recém entrados nas universidades. 

O que temos visto acontecer são agressões violentas à Ministra Damaris, pela seu posicionamento e atitudes, o que ainda é normal numa democracia, onde todos podem manifestar suas opiniões.  

Mas, pelo que tem sido publicado,  o que tem acontecido com o Ministério da Educação é no mínimo, uma grande falta de respeito. 

Sabe-se que pessoas ligadas ao Ministro Guedes, estão tentando impor uma agenda só liberal ao Ministério da Educação, por meios nada ortodoxos. Como se os conservadores escolhidos para desempenhar  esse papel fossem idiotas ou desprovidos de capacidade. 

Nada contra as ideias  que desejam que sejam implantadas, elas podem ser até vir a ser escolhidas pelo povo, no tempo propício.  Mas antes, é preciso que o povo recupere a própria consciência, que tenha pé das suas origens e embasamentos culturais, depois décadas de informações selecionadas e  dirigidas.

É  preciso, antes, recuperar  Monteiro Lobato, Guimarões Rosa, Shakespeare, Dostoievsky e outros grandes nomes propositalmente omitidos do elenco oferecido  às crianças e aos jovens nas últimas décadas. 

Somente depois de reaver a própria consciência, o autoconhecimento e ter, de novo, o discernimento do mundo, a nossa população jovem poderá escolher, real e livremente, o tipo de caminho  para seguir a própria vida.

Impo-las agora, seria obrigar alguém a escolher de olhos vendados, seria a continuação da doutrinação petista, aplicada em doses homeopáticas e ministradas com cortisona, para que seus efeitos sejam camuflados. 

Porém, o fato mais  grave está em  passar por cima da escolha do Presidente e da liberdade do Ministro escolhido em determinar seus auxiliares mais próximos, é algo inadmissível num ambiente considerado civilizado. 

Assim como os conservadores não têm dado palpite na Ministério da Economia, a praia dos liberais, os liberais  precisam respeitar os conservadores  no  Ministério a eles atribuído. Ingerência nesse sentido é vista, pelo povo simples que tenha delas conhecimento, como  fraude, engodo, enganação.

Que os liberais tenham paciência, aguardem um pouco, logo, logo, já poderão divulgar livremente suas ideias para que as pessoas que se identifiquem com elas as abracem e as adotem, usando de toda a sua real liberdade.

 Assim, como têm feito, por mais disfarçado  que possa parecer,  é uma usurpação, uma violência, que não fica bem em pessoas consideradas tão evoluídas, ainda mais ligadas ao Ministro Paulo Guedes, cuja imagem fica arranhada por ser usado como patrocinador de algo tão anti-democrático, que deve ser classificada como um tipo de corrupção, ainda que pessoalmente ninguém receba benefícios pessoais.
No entanto, ninguém pode dizer que o povo não está sendo enganado com tais práticas.

Giselle Neves Moreira de Aguiar



segunda-feira, 11 de março de 2019

Liberais e Conservadores


Desde as primeiras manifestações pelo impeachment da então presidente Dilma, lutavam lado a lado segmentos de diferentes concepções políticas. Todos os que estavam indignados com a corrupção generalizada que acontecia em quase todos os aspectos da vida  administrativa, política e social do País se uniram em defesa da ordem e lisura na coisa pública.

A campanha presidencial trouxe candidatos ligados a interesses e valores que cada segmento político defendia; destacamos os liberais e os liberais conservadores.

Os liberais são os defensores da liberdade plena dos cidadãos em todas as áreas da vida, mas o foco dos seus interesses está na livre iniciativa comercial, nos aspectos econômicos. Desejam, e lutam, pelo direito de que cada cidadão/ã seja livre para empreender o negócio que julgar bom e conveniente, que o relacionamento entre as partes negociantes sejam o menos regulamentada possível, inclusive o relacionamento entre empregados e patrões.

Enfim, que o Estado seja limitado a cuidar da infraestrutura necessária para que todos possam livremente viver, se manifestar e expandir suas capacidades de produzir o bem em benefício de todos.

Os chamados conservadores, defendem esses mesmos interesses para a vida profissional e produtiva, mas consideram que seja ainda mais  valioso e importante defender e preservar o direito de cada cidadão ter  sua vida regida pelos valores de sua crença religiosa. Nesse caso, defendem o direito de criar os filhos e ter sua vida familiar regida por seus próprios valores. 

No Brasil, segundo o último censo do IBGE, 86,8 % do povo se diz cristão. E foi esse imenso contigente que determinou a vitória do presidente Bolsonaro no último pleito.

Os liberais apoiaram o candidato Bolsonaro no último instante da peleja, somente quando a possibilidade de emplacar seu candidato se tornou nula, ainda que alguns o tenham apoiado pela confiança no então futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

O que se pode observar, após a posse do presidente, é que alguns liberais sentiram seus egos inflarem diante da falta de arrogância de  ministros escolhidos pelo presidente, especialmente para as pastas da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,  da Educação e das Relações Exteriores, apesar da vastidão da capacidade deles no quesito conhecimento e cultura. Parecem considerar que levar Deus e os valores da Pátria em primeiro lugar seja sinal de pequenez e incapacidade 

Assim, segundo o que foi publicado, articularam para tornar o Ministro da Educação uma figura inócua, e seus subordinados seriam as pessoas que imporiam efetivamente as normas da  educação no Brasil e, junto com elas, valores muito diferentes daqueles pelos quais o povo votou em Bolsonaro.

Por debaixo do pano, tencionavam impor, no plano educacional do Brasil, camuflado pela bandeira da liberdade,  a Agenda 2030 da ONU, onde estão contidos, a ideologia de gênero, a liberação do aborto e o feminismo. 

Tal fato nos leva a concluir que a liberdade que propõem não é lá tão ampla assim, uma vez que, sendo seu plano sendo vitorioso, excluiria, ainda que disfarçada e lentamente,  a liberdade dos pais de família escolherem a formação que desejam dar a seus filhos, não importando que fossem 86,8% da população, a imensa maioria democrática.

Graças a Deus, esse plano foi desarticulado. Esperamos que os liberais sejam cada vez mais parceiros importantes do governo no terreno da Economia, onde são exímios operadores e, quanto à parte cultural, que sejam ainda mais liberais, respeitando o foro íntimo de cada cidadão/ã.

O Brasil precisa de todos. Que o respeito à maioria democrática seja algo natural e corriqueiro, como convém a um povo verdadeiramente evoluído que sabe, muito bem, escolher suas preferências.

Giselle Neves Moreira de Aguiar