Utopia sob Incursão


Sumário


São Manoel é o nome fictício de uma cidade real. Os fatos aqui narrados também são reais, os personagens tiveram os nomes modificados. Antes do acontecido ela poderia se colocar, em termos de qualidade de vida, num lugar bem  próximo ao da Utopia, de Thomas Morus. 

Aqui é contada a história, as desventuras, da pequena cidade que sofreu uma insidiosa incursão, executada pelo uso de armas intangíveis. O objetivo da operação era “desconstruir” os conceitos e valores que pautavam a vida desse povo, há centenas de anos, enquanto lhe incutia novos valores, antagônicos aos primeiros. O livro narra o modus operandi e os mecanismos usados pelos incursores, enquanto analisa os efeitos dessa “desconstrução” no ecossistema social e religioso, sob a ótica dos valores  agredidos.

Observa o sofrimento inexprimido e a dor silenciada que os habitantes suportavam sem os chegar a entender e, até mesmo, a admiti-los. Poucos cidadãos percebiam o que realmente acontecia; os que tentavam defender   os valores culturais  eram violentamente combatidos, tanto pelos agressores e até mesmo pelas próprias vítimas. Entre elas existiam as que passaram a idolatrar os  agentes da incursão.

A existência deste livro não seria possível, se não fosse a intensidade com que os valores originais da comunidade foram marcados, na vida da cidade, pela integridade da vivência deles por uma pessoa que se tornou especial, por os ter vivido em todas as instâncias e circunstâncias.

Guida é o nome fictício dessa pessoa real, cujo exemplo de vida é arrimo para os que pretendem defender e preservar os próprios valores culturais, os mesmos que tanto contribuíram para a verdadeira evolução da civilização ocidental.  A comunicação da verdade é aqui considerada arma mais poderosa do que todos os subprodutos da mentira, usados pelos agentes da incursão, tais como: o uso da dissimulação, a distorção de verdades e a covarde indução do pensamento  em pessoas de boa fé.




Orelhas da edição impressa


Capa da edição impressa
                           Denunciai! Denunciai os abusos das autoridades. O povo deve ser libertado da opressão exercida sobre ele pela classe dominante!


       Era essa a mensagem explícita e subentendida que os católicos recebiam nos folhetos das missas, nas pregações dos padres e em todas as atividades das chamadas pastorais da “igreja progressista”, nos anos 90 do século XX.

     Dentro deste contexto este livro está em perfeita obediência às orientações das confederações dos bispos do Brasil e da América Latina.

       São observações de uma pessoa comum dentro do que se pode chamar de povo. Faz parte da geração dos que nasceram em meados do século passado e se tornaram detentores de preciosos valores culturais recebidos das gerações passadas através de grande desvelo.

     Tais valores, que fazem do ser humano algo quase sagrado, hoje são duramente vilipendiados enquanto se vê a degeneração da própria raça humana apesar do grande desenvolvimento em tecnologia, especialmente na área da comunicação.

     Podemos dizer que vivemos hoje um paradoxo: preocupa-nos muito a conservação natural do Planeta Terra e, no entanto não nos perguntamos que tipo de humanóide o habitará no futuro, se levarmos em conta as barbaridades que nos acostumamos a ver na mídia e que já quase consideramos normais.

       O que terá acontecido?
     Será necessário o ser humano pagar com a própria dignidade o preço do que hoje chamamos modernidade?

      Talvez seja possível se utilizar das novas tecnologias para reaver valores, perdidos pelas novas gerações, que lhes darão as chaves de uma abertura infinitamente mais ampla do que a corriqueira vida “somente natural.”

      A história do povo de São Manoel pode ser vista como um balão de ensaio, uma alíquota do habitat dos terráqueos. O que tem acontecido com essa típica cidade do interior poderá estar acontecendo em qualquer parte do mundo, especialmente na América Latina.

Contada à maneira do interior, procura mostrar uma guerra silenciosa, feita
da intensidade dos sentimentos sufocados por neologismos que por mais sedutores que sejam não conseguem saciar a fome de afeto
 .– 
Texto das orelhas do livro publicado em setembro de 2009.





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