domingo, 13 de novembro de 2016

Radiografia de um olhar - Jardins Museu de Arte Pampulha


Vídeo de Gilson Moreira Neves

CONJUNTO MODERNO DE BELO HORIZONTE

PAMPULHA, PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE.




Museu de Arte da Pampulha, jardins do Museu de Arte da Pampulha, BH




Manutenção de jardins, Jardins de Burle-Marx, na Pampulha e Museu de Arte da Pampulha, as plantas nos jardins de Roberto Burle-Marx, Vídeos de Gilson M.Neves,




Tratamento paisagístico, plantas esculturais, palmeiras, jardins de Minas Gerais, Jardins de Belo Horizonte, solo ácido nos gramados e nas plantas ornamentais, como entender e projetar em paisagismo. 




O uso de palmeiras nos jardins, Conceitos de paisagismo, composição de jardins, Paisagismo.







O QUE BH TEM PARA MOSTRAR NO MOMENTO

Texto e fotos: Gilson Moreira Neves




Querem ver o que BH tem para lhe mostrar? Então dê um giro pela zona sul, mais precisamente, na Avenida Bandeirantes... O que tem por lá de interessante? Simplesmente respondo que aquela via está tomada hoje pelo grandioso visual que é o espetáculo floral nos tons rosa e lilás, que descortina soberbamente “en passant”, naquela via.

O sucedâneo dos grandes volumes arbóreos de cada árvore naquele local retrata o bonito recado como se ela estivesse competindo com as demais, da mesma família, ao longo da via para ver qual floresce mais. O espetáculo é prolongado e cheio de cadência rítmica notória pela exuberância das fortes cores. O fascínio nos move a vontade de fotografá-las ou filmá-las, porém o impedimento se dá pelo fluxo ininterrupto de veículos.
Meses atrás, presenciamos as floradas dos ipês, passando pelas sibipirunas e agora é a vez delas. É sabido, de antemão, que não é nativa mas que adapta perfeitamente aos climas continental, subtropical e tropical; É de origem asiática, mais precisamente, da China, das duas Coréias e Índia; Sua categoria é simplesmente ornamental e dizem que no oriente muitos utilizam-nas como remédio para diabetes; Elas têm dois portes distintos e são parecidas entre si; São muito resistentes; multiplicam-se facilmente e pode-se encontrar nas cores, branca, rosa e lilás. Podem ser exploradas em passeios estreitos (as menores) e em parques e praças; Produzem sombreamento significativo.
Estamos falando da ÁRVORE-DE-JÚPITER, MINERVA, EXTREMOSA OU ESCUMILHA, que no momento dão o seu recado colorindo a primavera por esta agradável Cidade-Jardim afora.
Levantem a cabeça fixem e confiram...
Árvore: Largestroemia indica
Arvoreta: Largestroemia speciosa
Família: LYTHRACEAE
Foto: escumilha anã
Fonte: Rio Pomba- Zona da Mata
Postado no Facebook em 12/11/2014

TRATAMENTO PAISAGISTICO E A VALORIZAÇÃO DA PAISAGEM.

Texto e foto: Gilson Moreira Neves

Quando uma rua recebe um certo tratamento paisagístico, dentro da técnica, da arte, da botânica e do bom senso, o resultado pode ser um desses. Trata-se de um investimento primaveril garantido em que o paisagista elabora, pensando no futuro, principalmente por lidar com elementos vivos, que são as plantas. E, certeiramente, o resultado, embora, meio lento, agrada em cheio a todos, diante dessas belezas florais, na primavera.

No primeiro plano, encontramos uma arvoreta que alcança 3 a 5m. É o FLAMBOYANT MIRIM (Caesalpinia pulcherrima), apropriado para passeios estreitos, nas cores laranja e amarela.
Floresce de setembro a maio. Apropriada para plantio sob fiação elétrica.

Ao fundo, uma exuberante ESCUMILHA AFRICANA (Largestroemia speciosa)-para passeios maiores que 2m. Sua floração se dá entre outubro a maio. Na perseverança de lograr uma boa copa, sem gerar conflitos com as testadas dos edifícios, foi preciso elaborar uma poda gradual e objetivada. Cada elemento em seu devido lugar.

Desconsiderando a presença do transformador, à esquerda, a composição floral dessas árvores embeleza e personaliza essa rua tão bem planejada, em termos paisagísticos.



Postado no Facebook em 28/10/2015







Sabonete de soldado

Texto e foto: Gilson Moreira  Neves




Hoje quando almoçávamos, vimos através da janela, uma vistosa e embaralhada árvore por entre a fiação elétrica e telefônica, um belo exemplar de uma saboneteira.

Uma bela árvore propalada pelo Brasil inteiro. Muito apropriada e explorada na arborização urbana, em parques e bosques. A propósito, é encontrada fartamente pelas ruas e avenidas de BH. 

Boa para gerar sombreamento através de suas copas permanentes e compactas; Sua presença incita e facilita o procedimento da tão necessária evapotranspiração;produz um microclima agradável, reduzindo consideravelmente o calor refletido pelas fachadas dos edifícios e asfalto. 

Suas folhas são semicaducas, isto é, não caem em sua totalidade.

Nessa época, podem-se avistar os incontáveis cachos de frutos nas cores castanha e de terra queimada, distribuídos ordenadamente em seu extradorso. As sementes são esféricas, pretas, protegidas por uma cápsula tipo acrílico texturado, também esférica; tal cápsula protege a semente e tem tamanho único, comparada à jabuticaba ou araçá. As sementes contêm saponina. Uma substância espumante que se jogadas em água, desinfeta o ambiente. Muitos a utilizam para lavar roupas e passar em frieiras. São venenosas e tóxicas. E não devem ser plantadas rentes a rios, lagos e córregos, porque podem ocasionar morte aos peixes.

Em contrapartida, são indicadas para passeios maior que 1,50m e aléas de parques e praças, oferecendo, conforto, abrigo solar, correção climática e bela conformação paisagística.

Seu nome científico é: Sapindus saponaria L.

“L” significa o nome do botânico Carl Von Linée ( 1707/1778)
Pode-se então averiguar que a saboneteira foi pesquisada entre 237 a 298 anos.
Sua mistura entre árvores caducas como os ipês, minimiza aquele aspecto de carência foliar, ou seja, em épocas em que apenas galharias, que mais lembram paisagens urbanas, durante o inverno europeu.

Postado no Facebook em 24/10/2015