A decisão do presidente em exercício, Michel Temer, de voltar atrás e instituir o Ministério da Cultura que há poucos dias havia tornado uma Secretaria vinculada ao Ministério da Educação, tem suscitado a revolta de pessoas que proveem, com seus impostos, todos os gastos públicos
Considero indiferente o fato da Cultura ter Ministério ou Secretaria. Desde que de, agora em diante o povo brasileiro seja respeitado no uso dos seus, agora ainda mais parcos, recursos.
Espero eles não sejam mais usados para financiar projetos como o de acinte à Cacilda Becker, que José Celso Martinez quer fazer acreditar que seja homenagem. E outras montagens similares, ainda muito piores. É muito importante que seja mantido, como base, o direito de considerar, na Cultura Nacional, o fato de que 2+2=4, no sentido dito por George Orwell, em “1984”. Chamar insulto de homenagem, e degeneração de arte, é coisa de novilíngua. Isso, feito com o dinheiro próprio povo ofendido, é revoltante.
Giselle Neves Moreira de Aguiar
Nosso comentário na página do Facebook de Dindo Neves, na sua postagem sobre sua experiência a respeito da Lei Rouanet:
Excelente colocação.
Aos poucos, fomos descobrindo que os critérios de seleção para a obtenção de verbas e incentivos, eram (ainda são) puramente ideológicos.
Os projetos de pessoas exigentes e talentosas, que realmente "dominam a arte" e têm uma boa, e concreta, mensagem a passar à sociedade, eram/são todos vetados, com justificativas claudicantes. Daí os seus, que visavam esclarecer e partilhar o legítimo conhecimento, serem sempre preteridos. Eles, assim como outros feitos com o mesmo escopo, representam tudo o que querem que seja esquecido.
Os contemplados com as verbas são sempre aqueles se que se dispõem a estar do "lado deles", ou seja, divulgar as ideias que somem e facilitem o vigor da hegemonia cultural que pretendem.
Por isso temos visto o grande sucesso dos artistas ligados ao governo. Principalmente o monetário, que os permite viver como nababos enquanto pregam contra o capitalismo, que produz as riquezas que usufruem. Ao mesmo tempo, destilam vilipêndios com palavras e expressões contra as tradições culturais do povo e seus valores mais sagrados.
O intuito é implantar um novo pensar, uma nova visão de mundo, no qual a meia dúzia que governa se mostra totalmente liberal com relação a costumes que atentam até contra a dignidade humana, chamando isso de progresso e evolução, enquanto segura com mãos de ferro, controla, numa ditadura monstruosa, os destinos de cada pessoa da sociedade e do povo como um todo. Assim, têm o “Poder”.
Hegemonia cultural é isso, todos pensando e agindo conforme o o interesse do governo. Para tanto, haja “atividade cultural”, haja verbas para projetos culturais que o tornem sustentável…
É por isso que, quem realmente tem valor é "quem sabe faz a hora, não espera acontecer" (Vandré), quem realiza, apesar da falta de incentivos. Parabéns, pela arte, pela firmeza, determinação e constância. Graças à sua prática delas, podemos usufruir do seu trabalho.
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