Fotos: As
frondosas tipuanas com seus galhos frondosos , formando
túneis verdes na área central de São
Paulo.
Nota-se a presença de duas plantas comuns
cobrindo seus galhos: são elas: cascata
verde, Ripsalis e a prateada bromélia ,
Tillandsia..
MEIO
AMBIENTE.
EM DEFESA DO
VERDE.
O nosso
Brasil, conforme relatos históricos do
século XIX, viveu momentos de glória com a chegada de vários naturalistas
botânicos que aqui estiveram a catalogar
toda a riqueza de nossa flora genuína.
Martius, Saint-Hilaire e Glaziou, muito contribuíram para a catalogação de nossa quase infinita variedades de espécies botânicas.
Vieram da
Europa no período imperial e foram
convidados para o casamento de
Leopoldina e D. Pedro I e, no ensejo, eles se embrenharam em expedições, a catalogar e registrar suas descobertas, dando
seus sobrenomes às mesmas. Dentre
muitas, incluem-se as plantas medicinais e as então utilizadas pelos
índios. Tal expedição aconteceu em 1817 até 1820, partindo do
sudeste, nordeste até o rio Amazonas.
A
exuberância e características da vegetação
definidas por Martius o levou a
mapear o Brasil em cinco regiões. Todas elas valorizadas e homenageadas com
nomes da mitologia grega. São elas:
NAIADES:
ninfa dos rios e das fontes- Florestas Fluviais da Hiléia Amazônica;
HAMADRIADES:
ninfa dos bosques- Caatingas do Nordeste-Florestas decíduas;
DRYADES:
ninfa dos bosques- Zona das Matas Costeiras- Florestas Atlânticas;
OREADES: ninfa das montanhas-Zonas dos Campos-
Planalto Central;
NAPAEAE:
ninfa dos bosques (florestas) e dos prados- Zona dos Pinhais.
A indignação
de Martius seria certeira, se vivo
fosse, diante da atual e triste situação em que se encontram nossas dilaceradas florestas. A exuberância
do verde, aos poucos vai desaparecendo, dando impiedosamente lugar a desertificação. E ninguém faz nada.
Auguste F. M. Glaziou é o autor da introdução de árvores nas vias urbanas do Rio
de Janeiro, a começar pela Quinta da Boa Vista.
Diante da inovadora proposta, a população se
rebelou de forma coerciva por julgar que a presença de árvores em suas ruas
facilitaria a propagação da malária... Com o tempo, essa medida passou a ser
aceita e a arborização urbana se estendeu por todas as cidades brasileiras.
Rio, Belo Horizonte
e São Paulo, no momento enfrentam as quedas de suas árvores, por exemplo, as
longevas e pioneiras TIPUANAS- Tipuana
tipu Bentham, Oitís -Moquilea tomentosa e FICOS- Ficus benjamina.
É
estarrecedor, hoje, notar o
triste sumiço das matas por todas extensões territoriais do país, por exemplo,
a visão pela ponte aérea São Paulo/BH. Pela amostragem, acreditamos que
70 por cento das mesmas foram dizimadas.
Os mares de
morros não têm mais aqueles maciços arbóreos. Todos nus, com algumas tímidas ilhas
de vegetação. Os rios não passam de meros córregos tentando serpentear seus
leitos; o Lago de Furnas, visto do alto,
retrata seus volteios orgânicos emoldurados por espessa faixa de terra à
vista dada a secura de entorno, mais parecendo um polvo estirado.
Estamos presenciando, no momento, as quedas
por toda a cidade de São Paulo, onde as tipuanas como dito anteriormente, já venceram o seu tempo de vida e que ,
portanto, é hora de promover uma
metodologia e planos de manutenção e
revitalização do verde, a curto, médio e longo prazo.
É tempo de
agir...
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