sexta-feira, 24 de abril de 2015

História da arborização








Fotos: As frondosas  tipuanas   com seus galhos frondosos , formando túneis  verdes na área central de São Paulo.

 Nota-se a presença de duas plantas comuns cobrindo seus galhos: são elas:   cascata verde,  Ripsalis e a prateada bromélia , Tillandsia..


MEIO AMBIENTE.

EM DEFESA DO VERDE.

O nosso Brasil, conforme relatos  históricos do século XIX, viveu momentos de glória com a chegada de vários naturalistas botânicos que aqui estiveram a catalogar  toda a riqueza de nossa flora genuína.

Martius, Saint-Hilaire e Glaziou, muito contribuíram para a catalogação de nossa  quase infinita  variedades de espécies botânicas.

Vieram da Europa no período  imperial e foram convidados  para o casamento de Leopoldina e D. Pedro I e, no ensejo, eles  se embrenharam em expedições, a  catalogar e registrar suas descobertas, dando seus sobrenomes às mesmas. Dentre  muitas, incluem-se as plantas medicinais e as então utilizadas pelos índios. Tal  expedição  aconteceu em 1817 até 1820, partindo do sudeste, nordeste até o rio Amazonas.

A exuberância e características da vegetação  definidas por Martius  o levou a mapear o Brasil em cinco regiões. Todas elas valorizadas e homenageadas com nomes da mitologia grega. São elas:

NAIADES: ninfa dos rios e das fontes- Florestas Fluviais da Hiléia Amazônica;

HAMADRIADES: ninfa dos bosques- Caatingas do Nordeste-Florestas decíduas;

DRYADES: ninfa dos bosques- Zona das Matas Costeiras- Florestas Atlânticas;

OREADES:  ninfa das montanhas-Zonas dos Campos- Planalto Central;

NAPAEAE: ninfa dos bosques (florestas) e dos prados- Zona dos Pinhais.

A indignação de Martius  seria certeira, se vivo fosse, diante da atual e triste situação em que se encontram  nossas dilaceradas florestas. A exuberância do verde, aos poucos vai desaparecendo, dando impiedosamente  lugar a desertificação.  E ninguém faz nada.

 Auguste F. M. Glaziou é o autor da  introdução de árvores nas vias urbanas do Rio de Janeiro, a começar pela Quinta da Boa Vista.

 Diante da inovadora proposta, a população se rebelou de forma coerciva por julgar que a presença de árvores em suas ruas facilitaria a propagação da malária... Com o tempo, essa medida passou a ser aceita e a arborização urbana se estendeu por todas as cidades brasileiras.

Rio, Belo Horizonte e São Paulo, no momento enfrentam as quedas de suas árvores, por exemplo, as longevas e pioneiras  TIPUANAS- Tipuana tipu Bentham, Oitís -Moquilea tomentosa e FICOS- Ficus benjamina.

É estarrecedor,  hoje,  notar o  triste sumiço das matas por todas extensões territoriais do país,  por exemplo,  a visão pela ponte aérea São Paulo/BH. Pela amostragem, acreditamos que 70 por cento das mesmas foram dizimadas.

Os mares de morros não têm mais aqueles maciços arbóreos. Todos nus, com algumas tímidas ilhas de vegetação. Os rios não passam de meros córregos tentando serpentear seus leitos; o Lago de Furnas, visto do alto,  retrata seus volteios orgânicos emoldurados por espessa faixa de terra à vista dada a secura de entorno, mais parecendo um polvo estirado.

 Estamos presenciando, no momento, as quedas por toda a cidade de São Paulo, onde as tipuanas como  dito anteriormente,  já venceram o seu tempo de vida e que , portanto, é hora de promover  uma metodologia e  planos de manutenção e revitalização do verde, a curto, médio e longo prazo.

É tempo de agir...

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