Agricolinos de São Manoel 1967 - 2017





É só alegria

Manhã de 20 de maio de 2017. 
O Colégio Agrícola Dª Sebastiana de Barros, em São Manuel, SP, Brasil,  embora suas instalações estejam na situação de quem já viveu dias melhores, tem  um dia de festa.
Recebe 14 dos seus 27  ex-alunos da primeira turma de Técnicos Agrícolas formada na instituição, há 50 anos.

Os meninos, na faixa etária dos 70, são só alegria. Reencontram os que ainda são considerados amigos depois de tantos anos. Tanto abraço, tanto riso, tanta manifestação de alegria nesse encontro de vencedores!

A alegria vem de ter podido chegar até ali, tendo passado por tanta vida, tantos lugares, tantas situações boas, perigosas e tristes, e ainda continuarem a serem mesmos agricolinos de 50 anos atrás.

Alí não estavam presentes o Roberto Lúcio Rêmoli, o José Carlos Aguiar, o Antonio Turquetto, o Hidenori Kudo, o José Rodolfo da Silva Martiker, o Lúcio Jurandir Leite de Andrade, o Gilberto Carreiro, o José Bertholdo, o Wagner Bernardes Chagas, o Adhemar Penha, o Celso Torres, o João Bosco Sliva Corte, o Antonio Benedito Ângelo, Celso Josepetti. Estavam lá o Patagão, o Hiena, o Churrasco, o Kudo, o Zé Trator, o Costela, o Purguinha, o Cego, o Waguinho, o Bode, o Mara, o Baguá, o Jamanta e o Celso. 





 1ª turma de Técnicos Agrícolas comemora 50 anos de formatura
 Foto de João Abílio Moreto  do Jornal de São Manuel

Eram os mesmos, que alí viveram tantas aventuras quando entravam na juventude, recém-saídos de casa, quase ainda adolescentes, para residirem num colégio interno, na zona rural de São Manuel. 

Longe dos pais, da família dos antigos amigos, eles agora tinham uns aos outros, esses desconhecidos, que se tornaram, mais que amigos, irmãos. Como irmãos, às vezes se desentendiam, queriam prevalecer, brigavam. Mas como irmãos eram unidos por algo mais forte que a simpatia, partilhavam o refeitório, o alojamento, as salas de aula… Viveram  e cresceram "por dentro”, juntos, um ajudando o outro, às vezes  como manco, às vezes como muleta. Uns eram para outros suporte nas horas difíceis e principalmente companhia para boas gargalhas, mesmo quando o motivo delas era a falha de algum. 

 Os momentos agora vividos  abrem uma preciosa gaveta da memória e trazer de volta tantas lembranças boas cuja importância se mostra tão evidente. Fica claro que foram felizes, e sabiam disso, e que  tudo aquilo que naquele tempo e lugar aprenderam serviu de base para estruturar tão bem esses 50 anos.


Foram três dias de "só alegria”, como não parava de dizer o Baguá, que se mostrava o mesmo brincalhão de outrora.


Na noite anterior


À noitinha do dia 19 de maio de 2017 acontecia uma deliciosa expansão de corações. Os primeiros agricolinos se encontravam na portaria do Hotel Florenza, em São Manuel. Os olhos dos setentões brilhavam de agradáveis sensações. Cada abraço forte! Os corações pulavam, parecia que todos queriam falar ao mesmo tempo, fazer voltar à tona, na memória uns dos dos outros, as boas lembranças que borbulhavam. 

Encontrar  os amigos com os quais dividiram suas deliciosas aventuras, aqueles que sustentaram as personalidades de cada um, produz um sentimento  que não pode ser descrito com palavras. Aquilo era um verdadeiro compartilhamento de essências humanas no qual acontecia a confirmação dos valores de cada um, que na maioria era comum a todos, feita uns pelos outros.

Diante dos amigos da tenra juventude, já podendo ser considerado idoso,  cada um podia  considerar como era válido o que vivera até alí;  sentia que estava certo em defender os valores que defendeu, em brigar pelo que brigou, em sofrer pelo que sofreu. Seus amigos, que lutaram pelos mesmos valores, estavam alí, firmes, fortes, e muito felizes.

A programação incluía uma noite italiana.  Apesar da chuva, os amigos se dirigiram à uma chácara onde puderam se deliciar com requintadas e saborosas pizzas, produzidas na hora pela família da senhora Cecília Consolata  de Oliveira, irmã do Gilberto.

 Antes de saírem, a primeira, das muitas fotos:




Lá na chácara, o grau de alegria foi aumentando.  O João Bôsco e sua esposa Dirce trouxeram lindas rosas  para enfeitar o ambiente, que encantaram a todos, especialmente Isabel, esposa do Hidenori.




Chegam o Gilberto e o Bertholdo:





A festa seguia, movida à deliciosas pizzas e à cerveja, até às tantas. Um porre de boas  lembranças dominou a todos.

E como dizia sempre o Baguá, era só alegria:





Os abraços

 O dia era muita emoção.


 À medida que foram chegando os agricolinos de 1967 ao  Colégio Agrícola Dona Sebastiana de Barros, em São Manuel,  a  alegria  do reencontro saltava do coração e atingia o corpo todo, e era exposta aos olhos, e contagiava os familiares, os que os amam.



Cada um que chegava precisava dar muitos abraços.


Até todos - menos o José Rodolfo, que só conseguiu chegar mais tarde - se juntarem para a foto clássica na porta do Colégio.




Formandos e acompanhantes dividem a foto com o mestre Orlando, funcionários Gentil (de braços cruzados) e Genival ( de chapéu), Walter Carrer Filho representando seu pai, diretor na época (o quarto da direita para a esquerda) e o filho do mestre Hermínio di Santis, José Luís de Santis.


Depois da volta  dada pela Escola, revendo os lugares que foram tão comuns e familiares, uma parada importantíssima na sala de aulas : voltar a sentir a sensação de ser aluno. Sentar numa cadeira de  estudante, estar diante de uma lousa. Sentimentos indescritíveis! Todos se considerando felizes.

Desta vez o professor, o mestre,  Orlando Antônio Jorge, sentou-se com com os seus, hoje ilustres, alunos. "É só alegria”, dizia Baguá.



Revendo a Escola


Depois dos abraços e de um bom dedo de prosa, um passeio pelas instalações da Escola trouxe lembranças preciosas.












O retrato de Dª Sebastiana de Barros ainda é o mesmo










Cada detalhe tocava os corações. Tudo o que era visto antigamente ganhava uma visão um pouco triste. A Escola se mostrava em condições piores do quando eles estavam lá. Sentem que os estudantes de agora recebem bem menos do que eles receberam. Lembram-se do gado, da pocilga, das roças que plantavam… Recebem a informação  que de agora não é mais possível ter esses recursos devido aos roubos  que passaram a acontecer; hoje,  os animais de raça, objetos de estudos, são encontrados mortos no pasto, apenas pela carne. A direção atual da Escola não dispõe de recursos suficientes para manter a segurança numa área tão grande.  Ela faz o que pode, com os cada vez mais raros recursos e maiores exigências que tem que atender.

Eles, sem querer, são levados pelo pensamento de volta ao tempo deles, quando puderam bancar as despesas da grande festa de formatura com o que arrecadaram por meio do trabalho que podiam realizar na produção de mudas de café, plantações de tomates, que reivindicavam noites em claro com defumações de queima de capim para “espantar” as geadas, e  com os bailes que produziam…
   



Estão em dúvida se foram muito ricos e felizes ou se são os alunos de agora que não recebem o que deveriam… Uma mistura de gratidão e compaixão e de vontade de fazer alguma coisa pelos jovens de hoje povoa seus sentimentos e eles registram que precisam pensar mais no assunto. 


Arquivo do Mitidiero


O colega Luiz Carlos Mitidiero enviou lindas fotografias do tempo em que a turma estudava no  Colégio Agrícola Estadual Dona Sebastiana de Barros:



 Prédio das salas de aulas
 Lago da pinguela
 Suinos e oficinas
 Silo de fenação
 Quiosque entre salas de aulas e alojamento
 Pocilga
 Oficinas vistas da tulha
 Lago do Colégio e ao fundo, pedreira
 Os inseparáveis de Muzambinho
 Indústria de doces
Zelador da horta com filhos
 Estábulo de gado
 Cozinheiros: Coquinho, Granica, ?, Henrique
 Estábulo de equinos
 São Manoel
 Casa de máquinas

 Quiosque do aviário. Onde recebíamos aulas práticas

Aviário
 Alojamento e cozinha lateral

 Frente do prédio administrativo
Lateral do prédio administrativo

A cerimônia


O salão nobre  já estava  pronto. 
O  maestro da festa e mestre  da cerimônia, Celso Torres, dá inicio à solenidade.


Que é prestigiada pelo prefeito de São Manuel, sr. Ricardo Solaro Neto, pelo o atual Diretor do Colégio Agrícola, Prof. Walter Cardoso e  conta com a presença querida e muito honrosa do Prof. Orlando Antonio Jorge, contando 91 anos.



Mas, as autoridades do dia, entretanto, eram os agricolinos formados em 1967 pela Escola Agrícola Dona Sebastiana de Barros:




José Rodolfo da Silva Martiker, o Zé Trator,  e sua esposa Vera Lúcia chegaram  atrasados,  por isso ele não participou da foto da frente da Escola e nem da mesa.
 O anúncio da sua presença  foi uma grande alegria:





Pessoas que foram importantes para eles, ou seus descendentes estavam presentes, emocionados. Com destaque para o vigilante Gentil,  o funcionário Genival (também ex-aluno),  A srª.  Maria de Lourdes Salaro, mãe do atual prefeito de São Manuel, que trabalhava na lavanderia, Walter Carrer Filho, representando seu pai, Walter Carrer,  que foi o diretor do Colégio na época em que a turma estudava lá. Também estavam presentes o filho do Mestre Hermínio di Santis, José Luis Di Santis, e a filha do saudoso cozinheiro Xororó, Rosamary Rodolfo Sartorelli.

Destacamos a presença de Gustavo Henrique, aluno do Colégio, e que ficou encantado com a continuada união da primeira turma de agricolinos  do seu Colégio.




O ponto alto foi o discurso de Gilberto, que foi também o orador da turma na solenidade da formatura, em 1967.




A turma viajava de volta àqueles tempos maravilhosos, conduzidos pela fala do colega:



O professor Orlando, Antônio Ângelo e João Bosco também abriram, ao falar, todos os corações: os deles e os dos amigos. 





Após as falas, um descontraído lanche





 No final, mais uma foto oficial, com destaque para o jovem Gustavo Henrique, que ficou fã da turmaEle  estava  encantado com a continuada união da primeira turma de agricolinos do  seu Colégio.
No dia anterior, Gilberto havia dado uma palestra para a sua turma e ele ficou admirado com o que ouviu.  Estava encantado com a constatação de como aquele Colégio foi importante para a formação  daqueles então jovens, e como eles souberam aproveitar o que aprenderam. Ele observava em cada um  uma pessoa realizada.  Manifestou seu desejo de que, de vez em quando, algum integrante da turma  lá retorne para   proferir palestras e transmitir aos jovens estudantes de agora, as suas preciosas experiências de vida.





O discurso do orador




O discurso do orador das duas ocasiões, Gilberto Carreiro , traduz, com maestria, o sentimento da turma. Por ele podemos observar que sentimentos os moviam, que sonhos e que ideais os impeliam a caminhar olhando para cima e para frente, sabendo enfrentar as dificuldades e considerando mais o lado bom de todos os acontecimentos. Ele lembrou a base dos princípios e valores que os conduziram durante esses 50 anos e que os levaram a estar onde estão, colhendo os frutos de uma preciosa lavoura, semeada com sementes de grandíssima qualidade e cultivadas pelo bom exemplo das pessoas que os ajudaram: professores,  funcionários e colegas do Colégio Agrícola Dona Sebastiana de Barros, em São Manuel, SP.

Eis o discurso:

Discurso proferido por Gilberto Carreiro, em 20/05/2017, sessão solene em comemoração aos cinquenta anos de formatura...Turma de 1967!!!      Escola Agricola Dna. Sebastiana de Barros 

Meus caros condiscípulos de 1967!
Cronos, o deus do tempo é o único que não dorme e não permite calotes.
E suas prestações se tornam mais amargas, dia após dia.
Uma hora é uma dor aqui, outra ali e por ai vai. 
Noutro dia é a perna que não obedece à velocidade desejada.
Contudo, caminhar é preciso.

Hoje, não obstante a pressa, caminho a passos mais vagarosos do que em tempos pretéritos vividos neste solo sagrado e amado por todos nós.
O caminhar lento me permite olhar para lados e descobrir a beleza da primeira chuva embora o meu coração esteja sangrando de tristeza.
Ele me permite perceber que com ela, a primavera, renasce toda a flora numa profusão de cores capaz de encantar o mais pessimista dos homens embora a minha alma esteja chorando.
E com a flora em festa, os pássaros se alegram produzindo trinados sem igual e iniciam o seu labor de perenizar a natureza ainda que o meu corpo soluce de dor.

Flora e fauna se completam e se harmonizam para garantir a sobrevivência da Mãe Natureza não importa que ao redor estejamos na escuridão das esperanças...
Também descobri que ela não dá saltos e por isso se renova de tempos em tempos e eu tenho uma  outra chance na vida.
Cada estação tem o seu papel. Para renascer é preciso morrer.

Entendi com o passar dos anos e com os fracassos acumulados o que significa o chamado tempo de maturação para tudo e para todos.
Só não aprendi o quão duro e doloroso é lidar com as emoções!
Ainda que sejam lembranças agradáveis eu continuo sendo o mesmo chorão dos tempos aqui vividos.
Às vezes, a emoção embota a razão.
E há motivos...

Passados cinquenta anos, estamos aqui para celebrar a vida.
O hoje se transformará em ontem e o amanhã é um horizonte inalcançável.
Mas Morfeu, o eterno deus dos sonhos, nos permite ludibriar Hades e Cronos.
E assim eu vos convido para um passeio no tempo.

Estamos na década de sessenta sob este mesmo teto, deambulando solertes por este campus lendário.
Por suas aléias floridas caminhamos aos pares ou solitariamente nas tardes de verão matraqueando sobre tudo e todos.
Aqui neste espaço demos asas à nossa imaginação e debulhamos as nossas emoções em vários momentos inesquecíveis...
Sob o olhar atento dos nossos mestres fomos crescendo, física, mental e intelectualmente...
Bebemos aqui das fontes mais límpidas e cristalinas jorradas pela voz e atitudes de grandes mestres...
Neste chão sagrado foram forjados o nosso caráter, o nosso destemor, a nossa solidariedade, o nosso amor ao próximo e a nossa cidadania.

Ali, no refeitório, sob a batuta de Chororó, José Gonçalves, Antônio Beltrami e outros aprendemos a dividir o pouco e a economizar para não faltar no amanhã...

No Grêmio 21 de Setembro aprendemos que democracia não é apenas uma palavra grega bonita de se dizer. Democracia pressupõe responsabilidades, pressupõe acatar os deveres e respeitar os direitos. Implica em proteger o mais fraco do mais forte.

Da lavanderia, sob olhar atento e cuidadoso de dona Salaro aprendemos que roupa suja se lava em casa e que o hábito faz sim o monge.

Lá na horta do professor Hermínio Di Sanctis aprendemos que é preciso plantar e suar para conquistar alguma coisa...

Na alvenaria do professor Rosário Calviti aprendemos que somente com um alicerce forte venceremos as tormentas da vida.

Marcelo Mantovani nos ensinou que assim como os metais alguns homens são quebradiços e outros quase indestrutíveis... E ele, por experiência própria, sabia que a fraqueza destrói a alma dos homens, e por isso queria fossemos à semelhança dos últimos.

Hélio Silva nos encantava com o malabarismo dos seus números mágicos, números esses que me derrubaram muitas vezes. Mas advertia que não se muda o mundo num passe de mágica. 

Matemática era o meu maior algoz. Sobrevivi graças a alguns amigos que não se cansaram ao me ensinar o caminho das pedras.

Ludibriar Cronos, o implacável, é relembrar a entrada triunfal do professor Lino Saglietti, numa manhã de primavera, trazendo, à tiracolo, um senhor de baixa estatura, vestido todo de branco e apoiado numa bengala, o magistral Júlio Cesar de Melo e Souza, internacionalmente conhecido como Malba Tahan, o bruxo dos números e das lendas orientais...

Enganar Cronos, o terrível, é reviver as emoções do Professor Oswaldo Gimenes, historiando, ao seu modo, as guerras púnicas, as batalhas do Itororó e a Revolução Constitucionalista onde tombaram milhares de paulistas e entre eles Mario Martins de Almeida, filho desta terra que me viu nascer e acolheu com carinhos todos os que para cá vieram.

Vencer Cronos, o bárbaro, é acompanhar o devaneio pedagógico do Professor Alceu Rosolino ao nos ensinar como é perfeita a mecânica do corpo humano...

Calar Cronos, o ceifador do tempo, é ouvir a fala mansa e meiga da Professora Gertrudes descrevendo sobre a generosidade da terra em nos prover dos alimentos básicos.

Cronos, o ingrato, não nos impede de demonstrar a nossa gratidão a todos os homens e mulheres que aqui, neste torrão místico, nos transformaram, de adolescentes rebeldes e sem causas, em homens de bem.

Uma figura sempre esteve presente nas minhas reflexões sobre o que fui e sou.
Ela tomava conta do local que eu mais frequentava e onde eu pude conhecer um pouco do que o Homem criou desde os tempos imemorais.
Falo de dona Zilda Gabriel Salaro, nossa bibliotecária, sempre zelosa e prestativa.
Ela e o professor Lino são responsáveis pela formação que tenho e me orgulho.
Sou antes de tudo um professor.
Porque me espelhei em cada um dos professores que tive nesta sagrada Escola.

Quem não se lembra da meiguice das Professoras Marita Massareli Silva, Margarida Santalúcia e Elda Birraque Faraco tentando abrir os nossos olhos e ouvidos rebeldes para um mundo desconhecido.
Eles e Elas não nos ensinaram o óbvio. Foram muito além. Eles nos ensinaram a pensar.
Eles e Elas nos deram lições de conduta, de respeito, ética e de solidariedade.
Solidariedade anônima como a dos professores José Carlos, Balduíno Flamínio e Lauro Liberatti que, após a morte de meu saudoso pai, Francisco Miranda, faziam a coleta entre os seus pares para comprarem o meu material escolar todos os anos. Não me faltaram nem cadernos e nem livros. Só vim a saber disso muitos anos depois.
Solidário como professor Dotto e o professor Hermínio Di Sanctis que bancaram, anonimamente, uma parte dos meus estudos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba.

Quem não se lembra do Inspetor Tobias e Gentil, dos vigilantes Tutu, Bertozzo, todos rigorosos, mas cúmplices das nossas inocentes peraltices.

Meus caros condiscípulos!!!
Não dá falar da história desta casa sem relembrarmos do Jornal, com nome pretencioso, mas verdadeiro que criamos e sustentamos com muito zelo e ardor: O Gigante da Colina.
Foi nele que arrisquei os meus primeiros rascunhos e por ele me empolguei e fiz das letras uma profissão de fé.

Também não posso esquecer do TECA, nosso teatro amador, que revelou alguns atores portentosos e outros nem tanto como eu.

Não dá para rever o nosso passado sem recordar do professor Surita e a nossa fanfarra que brilhou junto às mais renomadas do estado de São Paulo.

O Grande Sebastião Santos junto com o Realino e o Benedito Buzina, abrilhantavam e comandavam os nossos portentosos desfiles...

O saudoso e inesquecível Professor Valter Carrer foi o maestro mor desta instituição na construção sólida da nossa cidadania. Ele nos levou à inúmeras excursões que ampliaram os nossos horizontes, Ilha Solteira, Pirassununga, Escola de Agronomia de Piracicaba.

O professor Moratelli nos advertia que não bastava um corpo perfeito, era preciso ter um cérebro arguto e paciência de monge tibetano principalmente quando a situação exigisse punhos rápidos.

Meus caros colegas de 1967!!
Com dor no coração, mas reverente preciso falar de saudades, embora guarde no coração os momentos de convivência e alegria.
Com certeza, Acyr Resende de Souza e Silva, Antônio da Silva Pinto, Celso Sávio e outros estão nos vendo lá do andar de cima e vibrando com esta solenidade singela.
E não querem lágrimas. Querem o nosso afeto e a nossa saudade.

Meus caros amigos!!
Por alguns anos, aqui plantamos árvores e durante toda a vida estamos colhendo os seus frutos...
Assim como essa terra nos foi generosa, precisamos cuidar para que a história não ofusque o passado glorioso desta casa de ensino e dos homens que a fizeram gigante e uma lenda.
A lenda do gigante da Colina.

Aqui chegamos ainda imberbes e saímos homens feitos forjados pelos melhores alquimistas da Terra.
O modelo pedagógico consagrado por esta casa de ensino não existe mais.
Os mestres que aqui ensinaram repetiam à exaustão que somos escravos permanentes das nossas escolhas...
Somos o resultado fiel do nosso suor, das nossas inventivas, das nossas lágrimas e também dos nossos sonhos.

Companheiros da Jornada 1967!
Estamos aqui celebrando a vida e reverenciando o passado.
O presente é um momento fugaz.
O futuro é um ponto posto no horizonte.
Resta de concreto o passado com suas eternas lições.
Nem sempre tivemos a vida que sonhamos.
Tivemos alegrias e tristezas. Por obra do Divino, mais alegrias.
Vitórias e derrotas.
As vitórias nos trouxeram até aqui.
Conquistas e fracassos.
As conquistas coroaram os nossos esforços.
Grandes amigos e inimigos gratuitos.
Os amigos foram as nossas fortalezas e amparo nas lides fracassadas.
Surpresas e decepções.
As surpresas nos animaram a seguir em frente.
Abraços que confortaram e tapas que machucaram.
Os abraços nos aqueceram nos rigores dos invernos
Doces lembranças e amargas lágrimas.
As lembranças nos fizeram rir das nossas fraquezas.
Sonoros risos e choros silenciosos.
O riso nos encheu a alma de esperança.
Primavera colorida e negro inverno.
As flores encantaram os nossos caminhos.
Alamedas ensolaradas e frios abismos.
O sol nos convidava a continuar a luta.
Nobres renúncias e egoísmos pobres. 
Aprendemos que renunciar exige mais coragem do que continuar.
Aqui e ali fomos colhendo nossos saborosos frutos e dolorosos espinhos.
E ambos nos deram a dimensão exata do que fomos e somos.
Seres com erros e acertos.

Segundo Ortega e Gasset, fomos moldados às nossas circunstâncias
Imperfeitos na modelagem, porém, com traços de boa matéria-prima.
É verdade que colecionamos algumas cicatrizes permanentes.
Cicatrizes que ostentamos como se medalhas fossem.
Fomos e ainda somos imperfeitos.
O que nos consola é que tentamos acertar.
Afinal, cada tropeço é um aprendizado.
Errar não é assim tão ruim.
Permanecer no erro é fatal.
Mas por sermos humanos erraremos ainda muitas vezes.
O importante é que cada um saiba que amar não é uma palavra vazia.
Às vezes, ele, o amor, nos cobra pequenos sacrifícios.
Que graça teria a vida se tudo caminhasse certinho, sem nenhum desvio de rota?
Apenas não podemos deixar que o mundo vire de cabeça para baixo.
E isso começa na família.
E se aprimora numa boa escola.

Meus caros agricolinos de 1967 e dos anos futuros
Acho somos os últimos estudantes e aprendizes de fato e os nossos professores foram também os últimos mestres dignos de assim serem chamados.
Mestres que nos ensinaram o valor da família e da solidariedade...
Nos ensinaram antes de tudo a pensar.
Eram Mestres que castigavam de forma pedagógica e ninguém ficou traumatizado por isso.
O professor Sartori e seu lápis vermelho me deram quatro zeros.
Mesmo assim, o generoso mestre oferecia a chance de me redimir. Era apenas questão de milímetros. E vim perceber, mais tarde, que esses mesmos milímetros se transformam em questão de vida ou morte.
Temos, com esta casa, com os seus valorosos docentes e seus dirigentes de outrora, sim, uma dívida de gratidão impagável e jamais nos esqueceremos dos dias longínquos e profícuos que aqui vivemos.
Está no nosso DNA a riqueza desta casa.

Caros e lendários irmãos de 1967.
O poetinha de Alegrete, Mario Quintana, dizia que era preciso domesticar as palavras para que elas digam exatamente o que queremos dizer.
Espero que essas singelas palavras tenham dito o que o meu coração traduz como Amizade, fraternidade e gratidão.
Foi uma honra ter sido parceiro de vocês naquele distante 1967.
Podem contar aos seus netos que um gigante os transformou em seres humanos incríveis. 
E esse gigante tem nome: Gigante da Colina de São Manuel do Paraíso.
Podem estufar o peito, se ainda tiverem forças, para dizer: Somos herdeiros de uma lenda chamada Colégio Agrícola Estadual Dona Sebastiana Leopoldina de Barros.
Somos aliás os lendários agricolinos desta casa maestra.

Como dizia o grande Carlitos, personagem do extraordinário Charlie Chaplin: “Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso”.
Nós nos encontramos aqui no início da década de sessenta.
Hoje estamos mais uma vez reunidos celebrando uma amizade cinquentenária com alegria e saudade. 

Meus caros amigos do distante 1967!!
Sorriam, pois somos hoje uma lenda neste solo sagrado.
Senhoras e senhores, ninguém teve mais amor por esta casa do que esses velhinhos que aqui estão comemorando a vida. Celebrando a nossa história...
As lendas não morrem, renascem a cada momento em que os homens se reúnem para celebrar a vida.
Alguns de nós choramos quando deixamos a nossa casa pela primeira vez; outros choraram quando deixaram esta casa há 50 anos.
Hoje é dia de sorrir, estamos cinquenta anos mais experientes
Estamos celebrando a nossa vida e a história de uma instituição.
Curvo-me ao sagrado que há em cada um daqueles senhores e senhoras que aqui nos forjaram para a vida.
Curvo-me à proverbial sabedoria do Professor Orlando Antônio Jorge que nos ensinou que para ter vida longa é preciso amar todos os momentos vividos.
Eles foram pessoas que mudaram as nossas vidas. Obrigado por isso e por outras coisas mais.

Salve 1967!!!
Viva 2017!!

*" Improviso" proferido na solenidade em comemoração aos 50 anos  de formatura dos Técnicos Agrícolas do Colégio Técnico Agrícola Dona Sebastiana de Barros- 20/05/20117




O convívio


O discurso do orador trouxe todos de volta ao mundo maravilhoso da juventude da turma.

"Estamos na década de sessenta sob este mesmo teto, deambulando solertes por este campus lendário.
Por suas aleias floridas caminhamos aos pares ou solitariamente nas tardes de verão matraqueando sobre tudo e todos... 



Hidenori, Lúcio e João Bosco


Armando, Turchetto, Aguiar e Jorge

...Aqui neste espaço demos asas à nossa imaginação e debulhamos as nossas emoções em vários momentos inesquecíveis...

Sob o olhar atento dos nossos mestres fomos crescendo, física, mental e intelectualmente...
Bebemos aqui das fontes mais límpidas e cristalinas jorradas pela voz e atitudes de grandes mestres...


Neste chão sagrado foram forjados o nosso caráter, o nosso destemor, a nossa solidariedade, o nosso amor ao próximo e a nossa cidadania." - Do discurso do orador da turma, Gilberto Carrero  - 
















Aguiar, Toninho, Celso Torres, Turchetto, indefinido Remolli, João Bosco e José Rodolfo.




 Lucio (Costela), Antônio Angelo (Jamanta), João Bosco (Bagua), Roberto Remolli (Patagão) e Pedro Celso Antonieto(Pedro Pé).

"Os amigos foram as nossas fortalezas e amparo nas lides fracassadas.
Surpresas e decepções.
As surpresas nos animaram a seguir em frente.
Abraços que confortaram e tapas que machucaram.
Os abraços nos aqueceram nos rigores dos invernos
Doces lembranças e amargas lágrimas.
As lembranças nos fizeram rir das nossas fraquezas.
Sonoros risos e choros silenciosos.
O riso nos encheu a alma de esperança.
Primavera colorida e negro inverno.
As flores encantaram os nossos caminhos.
Alamedas ensolaradas e frios abismos.
O sol nos convidava a continuar a luta.
Nobres renúncias e egoísmos pobres. 
Aprendemos que renunciar exige mais coragem do que continuar.
Aqui e ali fomos colhendo nossos saborosos frutos e dolorosos espinhos.
E ambos nos deram a dimensão exata do que fomos e somos.
Seres com erros e acertos.  - Do discurso do orador da turma Gilberto Carrero  -

As viagens



"O saudoso e inesquecível Professor Valter Carrer foi o maestro mor desta instituição na construção sólida da nossa cidadania. Ele nos levou à inúmeras excursões que ampliaram os nossos horizontes, Ilha Solteira, Pirassununga, Escola de Agronomia de Piracicaba."
- Do discurso do orador oficial da turma Gilberto Carreiro  -

Viagem a Muzambinho ou Piracicaba. Costela correndo com sorvete, Adhemar, Antônio S. Pinto, João Bosco, Aguiar e outros.



















Alunos aprendizes


"Aqui chegamos ainda imberbes e saímos homens feitos forjados pelos melhores alquimistas da Terra.
O modelo pedagógico consagrado por esta casa de ensino não existe mais.
Os mestres que aqui ensinaram repetiam à exaustão que somos escravos permanentes das nossas escolhas...


Somos o resultado fiel do nosso suor, das nossas inventivas, das nossas lágrimas e também dos nossos sonhos." - Do discurso do orador da turma Gilberto Carrero  - 





Oficinas de aprendizado, figueira e casa do Dr. Geraldo Dotto. À esquerda, residência do diretor José Inocentti. Ao fundo, Seminário e santuário de Santa Terezinha



 Prof. Orlando,






 Nome indefinido, Remolli, Aguiar, Celso,  João Bosco, Turchetto e Antonio Silva Pinto





 Aula de Topografia


 Metidiero, Jorge e Celso Sávio

"Acho somos os últimos estudantes e aprendizes de fato e os nossos professores foram também os últimos mestres dignos de assim serem chamados.
Mestres que nos ensinaram o valor da família e da solidariedade...
Nos ensinaram antes de tudo a pensar."- Do discurso do orador da turma Gilberto Carrero Miranda 



Artistas  e empreendedores


O espírito empreendedor desenvolvia nos jovens agricolinos. 
Trabalhavam arduamente  em prol do fundo de formatura. Fizeram e venderam  200 mil mudas de café.  Fizeram uma plantação de tomates para a qual tiveram que passar noites em claro, queimando capim verde com óleo queimado, para fazer  a fumaça que a protegia da geada.
Conseguiram um bom preço na produção porque, devido à geada,  o tomate estava em falta no mercado.

Realizaram dois bailes no clube de São Manuel, e uma festa junina. Bancavam todas as despesas, como a contratação de conjunto e aluguel do clube. Assumiam todas as responsabilidades. trabalhavam  na limpeza e serviam como garçons.




O time de futebol da turma se chamava Brucutu. Era bom e famoso. Waguinho era o craque, na ponta direita.






Trabalharam muito bem. E, merecidamente desfrutaram da  festa de formatura,  devidamente engalanados:



"Meus caros condiscípulos!!!
Não dá falar da história desta casa sem relembrarmos do Jornal, com nome pretencioso, mas verdadeiro que criamos e sustentamos com muito zelo e ardor: O Gigante da Colina.
Foi nele que arrisquei os meus primeiros rascunhos e por ele me empolguei e fiz das letras uma profissão de fé.

Também não posso esquecer do TECA, nosso teatro amador, que revelou alguns atores portentosos e outros nem tanto como eu.

Não dá para rever o nosso passado sem recordar do professor Surita e a nossa fanfarra que brilhou junto às mais renomadas do estado de São Paulo...












O Grande Sebastião Santos junto com o Realino e o Benedito Buzina, abrilhantavam e comandavam os nossos portentosos desfiles..." - Do discurso do orador da turma Gilberto Carrero Miranda -

Todos os anos, na festa de Corpus Christi, a ornamentação de um quarteirão do trajeto da solene procissão do Santíssimo Sacramento ficava sob a responsabilidade dos agricolinos, que aproveitavam para dar  vazão à criatividade e aos dotes artísticos:




A formatura



"Meus caros amigos!!
Por alguns anos, aqui plantamos árvores e durante toda a vida estamos colhendo os seus frutos...

Assim como essa terra nos foi generosa, precisamos cuidar para que a história não ofusque o passado glorioso desta casa de ensino e dos homens que a fizeram gigante e uma lenda.
A lenda do gigante da Colina." - Do discurso do orador da turma Gilberto Carrero Miranda 


 O convite para a solenidade da formatura:













O convite para o baile:



Os galãs:



"Hoje é dia de sorrir, estamos cinquenta anos mais experientes
Estamos celebrando a nossa vida e a história de uma instituição.
Curvo-me ao sagrado que há em cada um daqueles senhores e senhoras que aqui nos forjaram para a vida." - Do discurso do orador da turma, Gilberto Carrero -


Os reencontros


De vez em quando, os amigos se encontram ao longo desses 50 anos.
Eis o registro de alguns:

José Rodolfo, o Zé Trator, em visita aos amigos:


 Em visita a Gilberto, em São Manoel, na chácara de sua irmã Cecília


Na fazenda de Hidenori



 Em visita ao colega Benedito Aparecido Casemiro e Conceição


Em 20015, Luiz Antônio Zocal ofereceu sua Chácara para um encontro dos agricolinos de todos os anos:




Algumas fotos do encontro:


Zé Trator-67, Herbert Bugrão-68, Gentil vigilante, Maurício-68 e Benedito Adauto-68

 Vaguinho, Feio, colega de Muzambinho, João Batata e Jamanta, os quatro mineiros da classe.



Fotos de amigos da turma e colegas
Professor Alceu Rosolino



Benedito Aparecido Casemiro, o Picirica, em sua residência em Caraguatatuba

 Pedro Celso Antonietto (Pedro Pé) com a neta.





Continuando a festejar

Depois das emoções da sessão solene, os colegas se reunem numa  chácara.
Mesmo com o dia nublado, o lugar é lindo:





Celso Torres, o organizador e agente de união da turma, junto Adhemar Penha








A chácara dispõe de um mini-cinema feito com as cadeiras que pertenceram a um antigo cinema  de São Manuel, o "Paratodos". As lembranças pipocam. Lembram que no outro cinema da cidade, o que eles frequentavam, era obrigatório o uso de terno e gravata pelos homens para ser frequentado. Alguém da turma chegou a ir de terno e gravata, e de pés no chão. Coisa de jovem rebelde...


Wganer, Fátima, Isabel, Hidenori, Giselle, Aguiar, Celso Josepetti e esposa, João Bosco, Celso Torres , Adhemar e Tina



Um dia delicioso

No espaço agradável da chácara, os corações se expandiam, e o mesmo espírito que movia aqueles jovens entusiasmados voltou a ocupar os corações setentões. Parecem leves, bem dispostos,  confortavelmente descontraídos. De uma maneira que só quem sabe viver consegue. Quem está em paz com o passado e com presente e confiante no futuro que alicerçaram para seus descendentes a partir do próprio exemplo. Um comportamento de pessoas muito ricas, portadoras de uma riqueza que dinheiro algum pode comprar: a própria identidade mantida diante das grandes e pequenas dificuldades e também dos momentos de glória. Saíram ilesos das situações de desânimo e das de vaidade. Alí estavam as mesmas almas que se formaram em 1967, porém mais ricas de conhecimento e vida.



Antônio Angelo, Aguiar, João Bosco, Remolli, Lúcio, Turchetto e Wagner


Wagner, Turchetto, João Bosco, Remolli e Aguiar



Turchetto, Bertoldo, João Bosco, Lúcio e Remolli




 José Rodolfo, Celso, Adhemar, Lúcio e Hidenori



Vera, esposa do José Rodolfo, Isabel, esposa do Hidenori, Dirce, esposa do João Bosco e Fátima, esposa do Waguinho

Altos papos:




Gilberto, Lúcio , Hidenori, Antônio Angelo, Bertoldo e Rimolli

Os comes e bebes

Um delicioso almoço é servido, e todos  se sentam à mesa, como uma grande família, que recebe amigos, de ontem e de hoje.

 Destaque para o professor Orlando










Música, dança e alegria



Um excelente conjunto abrilhantava o evento, tornando-o muito agradável e inesquecível. É conjunto do Ildemar Lantansio, de Piraju, SP. do qual faz parte o agricolino  Benedito Adauto Garcia, formado em 1968, e Benedicto Gonçalo Lima, o popular Dicson. Eles produzem música de alto nível, a maioria dos anos 60, daquela época em que os casais se conheceram e se apaixonaram, paixão que ainda continua em muitos deles. As músicas reavivam as lembranças mais doces e agradáveis.


Aqui temos os momentos mais relevantes, onde a sadia alegria transborda:













 A apresentação do sax de Arnaldo Catalan é um momento especial.  Ele é músico profissional em Santos, mas  a cada 15 dias está em São Manuel, onde apresenta com os amigos,  aos domingos , um delicioso recital ao lado do coreto, para a felicidade das crianças e dos amigos.





As meninas  encantadas pela boa música:

Isabel, Vera, Tina, esposa do Ademar, e Fátima

O último dia

No café da manhã de domingo, mais  uma amorosa refeição em família. Um querer guardar informações para contatos e o planejamentos de outros encontros, movia a todos. Os corações repletos de alegria, estão restabelecidos. O encontro recarregou as baterias desses senhores que continuam a ser os mesmos valorosos jovens. Felizes são todos os seus familiares.




A volta para casa tem a doçura do carinho de João Bosco e Dirce, que trouxeram muitas flores e saborosos limões que  chegaram nas casas como doces lembranças.



Uma última foto na portaria do hotel:





Na saída de cidade, a último foto, já cheia de saudade:




A repercussão:

No domingo seguinte, a rica história dos nossos agricolinos na primeira página do "Jornal de São Manuel"





E na página interior, toda a história...

...contada pelo diretor João Abílio Moreto (que  também colaborou com fotos para essas postagens, através de Celso Torres) que também estava presente na solenidade. Ele  foi colega de Tiro de Guerra  de Lúcio e Turchetto.


Nota:
Muitas fotos foram enviadas pelos colegas, especialmente as antigas. Aguardamos as notificações, correções e colaborações dos agricolinos e seus familiares.
Destacamos a colaboração de Celso Torres  na identificação das pessoas. 

Giselle Neves Moreira de Aguiar 

Um comentário:

  1. Sou o João Beleza. A alguns anos encontrei com o Ceguinho em Eunápolis BA. Na gaveta de recordações vocês se esqueceram que o nosso time de futebol de salão ganhou todos os jogos disputados contra a seleção de São Manuel. A banda Marcial foi criada por mim, Tião,Agnaldo Barbosa "FOI QUEM ENSINOU O REALINO A TOCAR VIOLÃO" e o Professor Surita que comprou a idéia. Os marta rocha e os bumbo fuzileiro foram feitos na oficina da escola. Eu tocava marta rocha, o Tião caixa, o Tucano corneta de FA e o Buzina tuba. meu e-mail é batistacarro@hotmail.com e gostaria de me corresponder com pessoas dessa época.Quem souber como localizar o Tião e o Realino por favor me comuniquem.












    ResponderExcluir