domingo, 28 de janeiro de 2018

Votos iluminados




O recurso contra a condenação feita pelo juiz Sérgio Moro ao ex-presidente Lula  rejeitado pelos três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) trouxe esperança para a maioria do povo brasileiro, se considerarmos o número de participantes das marchas contra a corrupção acontecidas nos últimos anos.

O espírito de cidadania, o orgulho dos valores que sempre nortearam o povo brasileiro, parece ter sido reacendido pelo sopro sereno dos três juizes daquele tribunal apresentando o raciocínio natural das pessoas simples de maneira clara, explicando em detalhes o que para o povo era óbvio.

Trouxe alegria e esperança às pessoas comuns ouvir o Tribunal confirmar que todos aqueles malfeitos são considerados crimes e, portanto, não podem ficar impunes, especialmente quando cometidos por pessoas eleitas ou nomeadas para zelar pelo patrimônio comum. Os juizes disseram o que o povo já estava cansado de saber. 

Afinal, a maioria não consegue entender que força maligna tem sido capaz de colocar tanta gente fraca e incompetente para ocupar cargos de cuja eficiência depende aspectos da vida de milhões de pessoas. Muitos já não se admiram de  que coisas como a febre amarela estejam de volta, depois dela ter sido erradicada pelo trabalho de cientistas competentes e servidores públicos devotados, num  tempo em que os recursos tecnológicos eram quase inexistentes.

A segurança anda terrível, nos ambientes  tem prevalecido a cizânia uma vez que a sensibilidade(cada vez maior) agredida tem transformado as pessoas em vítimas e, segundo um pensamento quase hegemônico, vítima tem direito, vítima pode… Deve ser por isso que os  que cometem crimes se  mostram tão injuriados quando ouvem a sentença de um juiz que leva a sério a sua função.  Representar o papel de vítima é a desculpa adequada para  se resguardar diante das próprias vítimas, das quais se espera a complacência e os votos para continuar realizando os mesmos malfeitos, enquanto recebe afeto. Afinal, coitado, já sofreu tanto…

Os votos dos desembargadores desentortaram a realidade diante das vítimas de uma virose intelectual chamada “politicamente correto” que acomete a muitos.  O tratamento  aplicado, a exposição à LUZ da VERDADE, pode ser doloroso, e por tal motivo muitos, já  demasiadamente sensibilizados por ela,  preferem continuar na cegueira. No entanto, para maioria do povo os votos dos desembargadores  chegaram como uma manhã de sol depois que uma tempestade tenebrosa causasse a enchente que nos enchera a casa de lama.  Viva a democracia! Viva a Justiça Verdadeira!

Giselle Neves Moreira de Aguiar
Artigo publicado no jornal "Diário de Sorocaba"no dia 27/01/2018


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