Por Gilson M. Neves texto e fotos
A cada momento podemos constatar, nos grandes centros, o grande
aumento de poluição visual. São os edifícios e casas com fachadas em estado
merecedor de reparos; coberturas de zinco e amianto destoando das fachadas
deixando feios vazios entre laje de
cobertura e terraço; praças
abandonadas, bancos quebrados etc. mas se observarmos bem, a pichação de
muros e fachadas vieram para deteriorar
cidades inteiras.
Pelas análises
encontramos existir três níveis de pichação: a marginal, a amadora e a
prazerosa.
A marginal é manifestada por pessoas geralmente de pouca
instrução para elaborar rabiscos dentro de um contexto lógico e estético; são
pessoas cujo tempo é dedicado a fazer
malabarismos perigosos necessários para deixarem seus registros nas alturas
como se fossem homens-aranha. São mensagens codificadas e de entendimentos
específicos por entre eles. São também de cunho repetitivo, sem graça e de
difícil remoção devido às alturas onde são rabiscadas e nas texturas corrugosas
de difícil limpeza. Geralmente, esses grafiteiros são destemidos e vaidosos,
dentro de seu limite cultural.
A amadora é elaborada
por artistas que dão tudo de si para dar vida e beleza aos muros da cidade e
que, por trabalharem em planos de grande escala se perdem e pecam, ás vezes,
nas proporções gráficas. Seus trabalhos são dotados de uma certa lógica, porém, elaborados por traços
inseguros que podem comprometer a obra.
A prazerosa, é elaborada por artistas expressivos, profundo conhecedores de
técnicas como proporções dos desenhos; dos temas explorados; das cores; do
equilíbrio estético, valorizando e humanizando ruas e avenidas.
Medidas protetoras para sanar esses problemas:
Para se livrar do grafitismo poluente é necessário que os
dirigentes municipais se empenhem em
ministrar medidas educativas e
técnicas e orientá-los através de aulas específicas para o aprimoramento de
seus impulsos. É preciso criar uma política mais enérgica para impedir que nossas cidades se tornem mais
feias, fruto de vândalos.
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